Compartilhe este texto

O uso da vaselina na política do Amazonas


Por Raimundo de Holanda

26/04/2015 21h04 — em
Bastidores da Política



Por enquanto ninguém, a não ser o prefeito Artur Neto, é pré-candidato ao cargo de prefeito de Manaus nas eleições de 2016. Todo mundo nega, mas coloca o nome à disposição do partido que “é a instância maior” para decidir. O que nenhum possível candidato informa é que os partidos no qual militam pertencem a eles próprios, pois os diretórios são dominados com mão de ferro, para lhes garantir o “direito” de serem candidatos majoritários quando quiserem. Ou seja, a retórica que vai vigorar em 2015 é a “vaselina” que torna o verbo escorregadio, confunde o eleitor menos atento e tira de foco nomes que, se lançados, podem se queimar antes do tempo.

A PM SEM OS POLÍTICOS

Associação de Subtenentes e Sargentos do Amazonas reúne hoje para discutir a   proposta de  adiamento de alguns compromissos assumidos ano passado pelo governo. A associação, em vídeo divulgado ontem, fala em “falta de planejamento do Estado ”, sem reconhecer que o problema é nacional – produto de uma crise que atinge todos os estados da federação.   A aposta é que ao final da reunião prevaleça o bom senso, o compromisso com a cidade e seus cidadãos.  E que o viés politico, que passou a nortear as associações ligadas aos militares, ceda lugar ao interesse público.

OS INIMIGOS DO PT

O PT trata os adversários políticos como inimigos que devem ser eliminados. E para incutir essa ideia na “cabeça” do povo criou a militância política profissional, disseminada nos órgãos públicos e nas redes sociais. Seus “teóricos” seguem os manuais das castas cristãs medievais, onde o poder e a riqueza material os tornavam senhores absoluto do povo. Agora, depois de ter levado o país quase à falência, o partido se prepara para ficar no poder a qualquer custo. E já tem em mãos a teoria para isso, construída pelo “cabeça” João Pedro Stédile no documento “Um partido para os tempos de guerra”. Na capa a estrela vermelha; no conteúdo, a guerra contra os adversários e medidas ditatoriais.

O QUE VANESSA NÃO DIZ

No final da tarde de sexta-feira, a senadora Vanessa Grazziotin postou no face que estava em reunião com o vice-reitor da UFAM, Hedinaldo Narciso Lima. Na pauta, a busca de soluções para colocar a fabrica de medicamentos da universidade em pleno funcionamento. “Contem com o meu apoio no Senado, articulando projetos e trazendo recursos para essa grande empreitada que tanto beneficiará o nosso Amazonas”. Resposta de um internauta atento: “Meio difícil o governo cortou 30% da verba das universidades federais”. 

Siga-nos no


Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.