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O trono de Deus ameaçado por 11 juízes


Por Raimundo de Holanda

30/03/2018 18h07 — em
Bastidores da Política



O povo, desinformado, aplaude e os juízes se tornam deuses.  No Supremo há 11 candidatos ao trono de Deus. Cada um entende de forma diferente a Constituição, outros avançam o sinal e tomam o lugar do Legislativo, que é o Poder que elabora, em uma democracia, as leis. Taí o exemplo do indulto natalino, modificado por um ministro candidato a Deus. E há parcialidade visível nos julgamentos, discórdia nas reuniões, bate-boca.  Mais do que nunca a forma de escolha dos ministros da Corte Suprema está em xeque. Não são os melhores quadros do direito nem os que se sobressaem pelo mérito os escolhidos. A escolha é política. Isso tem que acabar.

E esse jogo de vaidades alimentado pelo brilho das câmeras é terrível, porque produz um espetáculo vergonhoso.

No Brasil dos juízes-deuses o  Supremo é um tribunal que se apequenou. É Supremo ainda, mas deixou de ser o ultimo refúgio para a busca de direitos solapados pelas demais instâncias do Judiciário. 

Há ministros que não conseguem nem mesmo esconder a antipatia  que sentem por uma  das partes de um processo. E isso é tão visível e apavorante que na verdade  se tornou uma ameaça velada ao que defendemos como o direito mais sagrado: o da liberdade.

FUCAPI ESCAPA

Atolada em dívidas que superam R$ 100 milhões, a Fundação Centro de Análises, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) quase caiu nas mãos do pastor-empresário José Caitano Neto, preso em São Paulo por vender diplomas falsos de várias faculdades brasileiras. Ele tinha o apoio da FIEAM e da atual diretora-presidente da Fucapi, Isa Asseff dos Santos, para dirigir a entidade.

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ASSUNTOS: deus, SEMANA SANTA, STF

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.