Em um País que adotou sua inquisição - todos são culpados até prova em contrário - as posições do Ministro Gilmar Mendes, sempre criticadas, são a  garantia de que o Estado de Direito funciona, mesmo com o Executivo enfraquecido e o Legislativo desmoralizado.

É verdade que no Estado de Direito o poder emana do povo, mas o que ocorre atualmente no Brasil é a inversão desse conceito.

Não são as massas - como vem ocorrendo - que definem o comportamento de um magistrado, mas as leis que asseguram a todos direitos iguais, entre eles a ampla defesa e o contraditório.

Gilmar Mendes é o contraponto necessário em um Supremo Tribunal Federal  suscetível as paixões da opinião pública. 

O vídeo que circulou neste domingo, mostrando duas mulheres hostilizando o ministro - muito compartilhado nas redes sociais - revela a falta de limites, ou o rompimento da tênue  fronteira entre a livre manifestação de pensamento - garantida a todos os cidadãos - e a violência, especialmente contra um magistrado da mais Alta Corte do País.

A horda que usa as redes sociais para atacar o ministro  quer parecer honesta. Mas é composta de gente  que, na sua  grande maioria, já tentou subornar um policial no trânsito, ou se  nega colocar seu CPF no cupom de compras - favorecendo a sonegação, que faz gato para reduzir a conta de luz,  que prefere receber em espécie para não declarar imposto, que ganha bolsa família sem ter direito a ela.

Esse é um País sem santos. Que precisa ser reconstruído. Mas dentro da lei, respeitando as leis e respeitando a opinião do outro.

CORRIDA AO SENADO

Além de Alfredo Nascimento (PR) e Pauderney Avelino (DEM), a corrida para o Senado nas eleições de 2018 também já aponta a disposição de Eduardo Braga (MDB) de disputar a reeleição e de o PT jogar mais uma vez na fogueira da disputa eleitoral o nome do ex-vereador e ex-deputado Francisco Praciano.

ITACOATIARA NEGA

Em nota à imprensa, o prefeito de Itacoatiara, Antônio Peixoto (PT), disse que não pagará o abono com recursos do Fundeb aos professores porque o caixa está vazio depois de o município ter realizado gasto superior ao limite de 60% previstos na legislação com os educadores.