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O poder das organizações criminosas


Por Raimundo de Holanda

08/04/2017 22h08 — em
Bastidores da Política



O crescimento da FDN, responsável pela logÍstica do tráfico de drogas na região Norte  está tirando o sono das autoridades. Os esforços para desmantelar a organização criminosa, que seria detentora de armamento sofisticado, como lançador de foguetes,  não tem surtido o efeito desejado. A relação da FDN com as Farcs é um outro problema: há a suspeita de que não exista apenas um "relacionamento comercial" entre os dois grupos, mas também troca de experiência militar. O fato de João Branco ter  posado em 2015 ao lado de um lançador de foguetes acendeu o sinal vermelho, indicando que ou há um esforço gigantesco para desmantelar a organização agora ou a guerra contra o tráfico pode ficar mais sangrenta nos proximos anos. 


Prender parece não ser a saída: o grupo  se organizou dentro dos presídios, nomeando xerifes que exercem um poder cruel, de vida e de morte sobre os presos. E cresce de forma espantosa, inclusive na montagem   de pontos de venda de drogas. Somente em Manaus há  1,6 mil bocas de fumo mapeadas. O que fazer é a grande questão para a qual não existe respostas. Ou tudo já foi tentado.

AGENDA POSITIVA DE ROTTA

Com dois dias de pouca chuva, as máquinas da Prefeitura de Manaus deram inicio a  operação tapa buracos. Não é muito,  mas é o que a cidade precisa de mais urgente. O lado positivo dessas ações é que o prefeito Marcos Rotta não está procurando culpados para os problemas da cidade. Está agindo. Nem  divagando sobre projetos  mirabolantes, está fazendo o possível,   na medida certa. 

EXPANSÃO DE INCENTIVOS

Bastante concorrida a audiência pública de sexta-feira (7) que debateu, na Câmara Municipal de Manacapuru, a expansão dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus para os municípios da região metropolitana da capital (RMM).

Os membros da bancada federal do Amazonas, que não prestigiaram a discussão sobre a MP 757 na Assembleia Legislativa na quinta-feira (6), compareceram maciçamente ao evento.

POLÊMICA

Projeto de autoria do deputado Hissa Abrahão (PDT), sobre a expansão dos benefícios fiscais da ZFM para a RMM, tramita no Congresso Nacional.

O deputado Serafim Corrêa (PSB) torpedeou a proposta, defendendo isenções automáticas para as empresas investidoras, aproveitando os incentivos já existentes e que não dependem de outra lei.

UBER EM QUEDA

Com sérias restrições na Câmara Federal e querendo se instalar no Amazonas, o Uber está levando golpe sobre golpe em nível internacional.

Nos EUA, um processo o acusa de usar esquema fraudulento para pagar menos a motoristas. Na Itália, a Justiça bloqueou todos os aplicativos da corporação por concorrência desleal no país.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

A Assembleia Legislativa do Amazonas  vai colocar em discussão amanhã  “Os impactos da Reforma Trabalhista”, em audiência pública que será realizada no auditório senador João Bosco, a partir das 9h.  

MAIS CADEIRAS
 

A ‘turma’ de primeiros suplentes de deputado estadual começam a sentir um alento, com a possibilidade de redefinição do número de cadeiras para 14 Estados na Câmara Federal. A CCJ do Senado já aprovou a constitucionalidade do texto do relator Antonio Anastasia, para mudar o tamanho das bancadas conforme o Quociente Populacional Nacional (QPN). Como o Amazonas já ultrapassou os 4 milhões de habitantes, terá direito a mais duas cadeiras, passando a ter 8 deputados federais a partir de 2019.

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Em consequência, também aumentará a bancada estadual na Assembleia Legislativa para 30 deputados. Os que tem ‘amargado’ a suplência já a alguns anos começam a ter esperança.

CRIAÇÃO DE TAXA NÃO AGRADA
 
As taxas criadas para manutenção da Suframa, em substituição à antiga TAS, ficaram ‘entaladas’ na garganta dos empresários do comércio do Amazonas. Se antes eles pagavam apenas 1% do valor das mercadorias compradas, agora vão pagar 3% pela proposta original do governo (MP 757). Num cenário de crise, o presidente da ACA, Belmiro Filho acha que essa medida vai levar a mais fechamento de empresas e desemprego. Em três anos 2,8 mil empresas fecharam as portas e 28 mil comerciários perderam seus postos de trabalho. “Hoje o Brasil está mais pobre e o Amazonas mais ainda.”

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ASSUNTOS: Amazonas, fdn, Playboy do Tráfico

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.