Jorge Tufic  era apenas um cara diferente, daqueles que se tornaram raros em nossas vidas.  

O conheci nos anos 70, na redação do  jornal a Noticia. Era um  tempo em que a poesia fluía em quase tudo e contaminava nossas vidas. 

Quem não era poeta era  guerrilheiro, revolucionário ou reacionário, os dois lados de um conflito ideológico  que infelizmente acabou.  

Tempos de inspiração aqueles e a poesia de Tufic tinha a força de agregar os jovens intelectuais da época. 

Seu poema “O Testamento”, diz muito do que ele foi e o que imaginava ser o último passo, a última  visão da noite, o ar entrando em seu peito  numa passagem derradeira:

“Deixo-te as latas vazias de um porre sem vinho; deixo-te o abrigo das pontes, as sílabas do musgo, a fúria de meus sapatos. Deixo-te ainda a minha radiografia: o vão que fui entre duas costelas.”

Adeus, Tufic. 

UM INTELECTUAL

Em nota de pesar, o governador Amazonino Mendes lamentou a perda de “um grande intelectual” e um dos “mais ilustres autores amazonenses”.  

UM GRANDE HOMEM

O prefeito Arthur Virgílio lembrou Tufic como amigo e confrade na AAL, e disse que “todas as homenagens são necessárias para nos despedirmos de alguém tão grandioso quanto ele”.

LINS MUDAM DE PARTIDO

Depois de breve temporada no Pros, o deputado estadual Belarmino Lins informa que trocará de legenda assim que a janela partidária se abrir em 7 de março. Garantiu que o seu irmão, deputado federal Átila Lins, também deixará o PSD. “Eu e Átila iremos para a mesma sigla, estamos analisando o quadro”, disse Belão.

MUDAR PARA QUÊ ?

Para lideranças da FIEAM, o projeto do senador Randolfe Rodrigues (Rede), propondo a mudança da nomenclatura ZFM para Superintendências das Zonas Francas da Amazônia, deveria se preocupar, na verdade, em fortalecer o modelo, dando-lhe mais autonomia, infraestrutura logística e competitividade.

RESPEITO Á CONSTITUIÇÃO

O presidente do CIEAM, Wilson Périco, diz ser a favor da nova nomenclatura para a ZF “desde que se respeite a Constituição e não se altere a área onde se pode investir para se ter os benefícios”. 

A FESTA ACABOU

A festa acabou, o povo sumiu das ruas, é hora de reflexão. E reflexão deste ano proposta pela Campanha da Fraternidade, lançada ontem pela Igreja Católica é sobre a “Fraternidade e Superação da Violência”, que atinge em cheio a corrupção política e empresarial no país.

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“A corrupção é uma forma de violência, e ela mata”, disse o cardeal dom Sérgio da Rocha, presidente da CNBB, ao lado da presidente do STF, Cármen Lúcia presente à cerimônia.

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Disse ele que, “ao desviar recursos que deveriam ser usados em favor da população, os políticos acabam promovendo outra forma de violência contra o ser humano, a miséria”.