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No rastro da Lava Jato e Maus caminhos, caciques saíram ‘machucados’, mas não mortos


Por Raimundo de Holanda

28/12/2017 21h03 — em
Bastidores da Política



2017 foi um ano político atípico. A começar pelo governo do Amazonas, onde três governadores ocuparam a cadeira nos últimos 12 meses. No rastro das operações Lava Jato e Maus caminhos, caciques saíram ‘machucados’, mas não mortos. No olho da cassação de José Melo, Eduardo Braga sofreu mais uma derrota eleitoral.

Mas ainda tem recall para se reeleger senador em 2018; é o que deixou no ar o resultado do segundo turno da eleição deste ano contra Amazonino Mendes.

Omar não precisa disputar a eleição, tem ainda quatro anos de mandato, mas precisa ‘limpar a imagem’ para chegar inteiro e fortalecido em 2020.

Marcelo Ramos era uma esperança em ascensão, mas feriu a si mesmo com escolhas mal feitas. E essa é uma ferida difícil de cicatrizar, porque sangra no imaginário do eleitor.

Davi Almeida ‘namora’ com Bolsonaro e têm de início uma coisa em comum: são evangélicos. Ambos mostram ‘pique’ de corredor, mas a disputa não será na força, e sim na estratégia.

Por fim, Amazonino tenta se equilibrar na ‘corda bamba’ de uma equipe que não se acerta. Pode ser candidato ou ‘maior’ cabo eleitoral, se acertar na arrumação da casa. 

AS CHANCES DE ARTHUR

A decisão do PSDB em fazer prévias para escolher o candidato a presidente da República deu gás a pré-candidatura do prefeito de Manaus, Arthur Neto. 

 ANO DE CRISE

Num ano de crise o concurso da Semed foi a grande novidade do fim de ano. Ontem a ‘corrida’ às inscrições fechou com 22,7 mil, para uma disputa que dispõe somente 400 vagas.

 DE OLHO NO RÉVEILLON

Ontem o vice-governador Bosco Saraiva anunciou a mobilização de dois mil servidores na segurança para as festas do Réveillon em Manaus. Com festas populares em seis pontos da cidade, o governo  quer garantir que não haja nenhum incidente grave.

NADA DE AUMENTO 

Arthur Neto bateu o pé e garantiu que, ao contrário do que muitos pensam, não haverá aumento de tarifa de ônibus enquanto comandar a Prefeitura de Manaus. O que pode acontecer, na verdade, é a redução da tarifa, destacou ele.

BANCADA OMISSA

Com exceção da deputada Conceição Sampaio (PP), a bancada federal do Amazonas não questionou a   decisão do BASA de tirar de Manaus sua central de crédito, transferindo-a para Porto Velho. O banco conclui a transferência até março, fechando onze agências no Estado.

GOVERNO  E BB

O governador Amazonino Mendes (PDT) luta por empréstimo da ordem de R$ 300 milhões junto ao  Banco do Brasil, recursos que deverão ser aplicados em obras de infraestrutura na capital e no interior do Estado.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.