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Manaus, nem porto de lenha, nem Liverpool


Por Raimundo de Holanda

24/10/2017 22h04 — em
Bastidores da Política



Manaus comemorou 348 anos envelhecida. Como uma anciã, vive das lembranças de uma juventude da qual sequer guardou seus "retratos". Sua história desapareceu dos  monumentos, porque estes estão irremediavelmente destruídos. O casarões ainda mantém as fachadas. Mas seu interior ou foi reconstruído e modernizado, ou revela  pedaços, fragmentos de uma história neglicenciada.

Ao contrário do que disse o poeta, não é  nem Liverpool nem Porto de Lenha. É um aglomerado de gente que sequer consegue manter o verde que naturalmente deveria circundá-la. E ficou mais quente, às vezes insuportável,  quase impossível de amá-la. 

O prefeito Arthur Neto tenta recuperar a auto-estima dos que vivem na cidade. Seu esforço  é gigantesco.Mas  Manaus  é rebelde e cresce incontrolavelmente nos alagados e encostas. Quando a chuva vem as pessoas  são levadas e se formam as tragédias das quais ouvimos falar repetidas  vezes...

SEM DESCANSO

O governador Amazonino Mendes não negou o descanso dos servidores no feriado, mas continuou trabalhando na condução da reforma do governo.

UM NÓ A DESATAR

O sistema carcerário vem sendo um nó, que Amazonino quer desatar na administração. Mudanças profundas devem ser feitas como a retomada do comando pelo governo. 

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Significa que a terceirizada Umanizzare deverá perder o contrato de gerenciamento do sistema, dentro de um acordo de ‘transição’ para não causar traumas.

ARTHUR NO JOGO

Enquanto só ‘batia boca’ com o prefeito João Dória sobre quem era o melhor candidato, o governador Geraldo Alckmin estava tranquilo. Mas a entrada de Arthur Neto na concorrência já começou a derreter o gelo do ‘picolé de chuchu’ de São Paulo. 

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Alckmin cuidou de alimentar seu ego para a disputa interna, que deverá custar caro, lançando um site de doações para arrecadar fundos para a campanha de 2018. 

MESMOS ELEITORES

Não é nenhuma novidade que os eleitores de Lula e Bolsonaro sejam os mesmos. Na Pesquisa do DataFolha o eleitor de Lula votaria em Bolsonaro e vice-versa. O fato é que esquerda e direita têm o mesmo perfil no poder: o estreito vínculo entre reacionário e revolucionário.

 

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ASSUNTOS: liverpool, Manaus: nem porto de lenha

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.