Lobo quer anular prisão. Por causa do pai da juíza
A operação Custo Politico, desencadeada pela Polícia Federal na quarta-feira tem fortes indícios de vazamento. O primeiro deles é a presença de emissoras de televisão, desde a madrugada, em frente à sede da PF; segundo, a ausência de um dos investigados em Manaus, o ex-secretário Afonso Lobo. Terceiro, o fato de pessoa com parentesco de primeiro grau com a juíza Ana Paula Seruzawa da Silva ser advogado, desde 27 de setembro, de uma das empresas do secretário.
O recurso que Lobo apresentou através do escritório Valois & Gonçalves, arguindo o impedimento da juiza Ana Paula Seruzawa da Silva para decretar a sua prisão e solicitando a nulidade da decisão, é um elemento complicador para a Justiça Federal, porque expõe uma situação de relação entre a magistrada e um dos advogados das empresas do ex-secretário.
A questão é grave porque a contratação do advogado, pai da juíza, pode ter sido muito bem pensada e com um propósito também criminoso. Constranger a magistrada.
De qualquer forma fica a impressão de vício, que deve ser sanado. Se não pela nulidade da medida judicial aplicada aos envolvidos, pela suspeita de nova trama, que precisa ser exaustivamente investigada para que não pairem dúvidas sobre as ações desencadeadas para destruir grupos que se especializaram de dilapidar dinheiro público.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.