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Hinaldo, a missão


Por Raimundo de Holanda

09/02/2016 23h00 — em
Bastidores da Política



 A ‘faixa de liberdade’ deixada na pré-campanha eleitoral é o instrumento que o ‘oportunismo” petista criou para ‘mobilizar’ suas candidaturas nas redes sociais e nas ruas, bem antes do oficialmente permitido. Hoje, por exemplo, o ‘menino’ Hinaldo vai prestar depoimento sobre o “incidente”  com o governador José Melo. E não estará só, como qualquer cidadão comum estaria, com seu advogado e familiares. Ele vai como cabo eleitoral do deputado José Ricardo transformado em ‘trampolim’ político. Para isso, o próprio Hinaldo, em nome do deputado, mobiliza dezenas de entidades ‘afiliadas’ aos movimentos de esquerda para uma manifestação a seu favor.

Hinaldo já tem promessa de candidatura   se ‘der conta do recado’. Não é um ativista ideológico e deve estar sonhando com o salário de vereador, além da imunidade e da projeção que o mandato parlamentar confere.

A eleição de 2014 ainda está fresca na memória do eleitor  para lembrar que, ali também, um ativista sindical de última hora, confrontando o governador José Melo acabou se elegendo deputado estadual. É uma mostra contundente de como age a falsa ideologia ‘de esquerda’  para alcançar seus objetivos de poder.
 
SAIA JUSTA
 
A crise não caiu muito no gosto do judiciário que, acostumado à gastança e a pedir ‘socorro’ dos outros poderes quando o orçamento apertava, agora precisa vestir a ‘saia justa’ da queda de arrecadação do governo. As reclamações são muitas e sem motivos, inclusive de que os órgãos do judiciário estão recebendo menos repasse, quando na verdade continuam a receber o quantitativo constitucional devido. Se o valor é menor, é porque a arrecadação também encolheu. Em tempo de ‘regime’ as roupas precisam ser ajustadas.
                                                               
DESEMPREGO E SOFRIMENTO
 
O pior resultado da crise fica para as pessoas mais pobres. Pois é no bolso do trabalhador comum que mais pesa o oportunismo dos comerciantes que aumentam semanalmente os preços dos gêneros alimentícios. Aqui no Amazonas, o frango, o ovo, a farinha e o pão ainda são a ‘base’ da cadeia alimentar da população de baixa renda. Mas até essa base começa a ficar muito ‘elevada’ com as remarcações de preços que lembram a ‘Era Sarney’.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.