Não bastasse o caos no trânsito provocado pela abertura de um buraco na Avenida Djalma Batista, o manauara viveu mais um pesadelo no final da tarde desta segunda-feira: um grupo de policiais militares  resolveu  fechar uma das principais avenidas da cidade,  a Torquato Tapajós. Caos total. 

O protesto, com motivação política, se pretendia sensibilizar a opinião pública para a causa dos militares, acabou deixando a população irritada. Afinal, esse tipo  de manifestação,  que fecha ruas e impede o ir e vir das pessoas  faz de refém toda uma cidade, transfere para o cidadão  o ônus de uma refrega com o governo, que é da corporação, não  da cidade, não do pai de família preso no trânsito,  obrigado a enfrentar as consequências do fechamento de uma avenida.

É irresponsável esse tipo de comportamento, avalizado por grupos políticos que apostam no quanto pior melhor. 

Manaus quer respirar, não ser sufocada  por manifestações do tipo que ocorreu nesta segunda-feira. A cidade até entende o pleito dos militares, mas quer respeito, o mesmo respeito que os pms buscam. 

Nada  se constrói sem diálogo, nada se conquista radicalizando.  E o grupo de militares que foi para as ruas ontem radicalizou.  E apareceu feio na foto. 

DE OLHO NO GOVERNO

Quem esperava que a eleição para o governo fosse moleza para quem está na cadeira, pode mudar a posição das pedras no tabuleiro. Já tem pelo menos dois outros grupos articulados para a disputa da posição do rei, e nestes 26 dias que restam da janela partidária as mexidas vão clarear o jogo.

Um deles tem posição clara e tenta ganhar musculatura na oposição, mas sem um jogo formatado para entrar definitivamente na refrega: o ‘cabeça’ da chapa ainda vacila.

O  outro joga camuflado, disparando dardos venenosos através da mídia contra o governo, mas semeia ‘pistas falsas’ enquanto espera a maré de azar passar.

 UEA VAI NA ONDA

Os professores da UEA decidiram paralisar as atividades amanhã, seguindo para audiência pública na Assembleia Legislativa convocada por deputados da oposição.

CATANDO VOTOS

Em ritmo de pré-campanha eleitoral os deputados estaduais e federais aceleram os passos nas ‘caminhadas’ pelos municípios do interior, correndo atrás principalmente de obras do governo para fiscalizar e fazer um discurso puxando a brasa para a sua sardinha.

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Nessas viagens que passaram a ser quase diárias o que menos importa é de que lado está o ‘faiscador’ de votos. Oposição e situação aproveitam igualmente o trabalho do governo.

 OUVINDO OS PREFEITOS

Vinte e três prefeitos do interior sentaram ontem com o governador Amazonino Mendes para discutir as demandas de seus municípios, com o objetivo de formalizar convênios de repasse de recursos do governo do Estado para obras das prefeituras municipais.

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Secretários das pastas mais importantes do governo, entre elas Sefaz, Seduc, Susam e Seinfra, participaram da reunião, que segue hoje com os gestores municipais.