Os recursos que o governador interino, David Almeida, diz estar deixando para o governador eleito, Amazonino Mendes, são produto  de empréstimos que elevam a divida do Estado a mais de  R$ 7 bilhões. Não é consequência de uma salutar  arrecadação,  nem  do aquecimento da economia, que vai mal, com desemprego crescente e queda acentuada de receita.

O que surpreende nas ações do interino é sua capacidade de vender facilidades e de manter  em torno de si uma trupe de prefeitos  e parlamentares dependentes e fragilizados politicamente.

A gestão de David, já nos minutos finais, é um conto  de fadas, com seus, gnomos e gobilins, prestes a  mostrar sua verdadeira face na passagem de governo, quando aparecerão as fraturas que produziu no Estado  em pouco mais de 100 dias.

ORÇAMENTO IMPOSTIVO

Sobre emendas parlamentares, o próprio governador interino do Estado reconhece que as emendas impositivas aprovadas pela ALEAM em 2016, ainda sob o governo José Melo, eram desprovidas de previsão orçamentária para sua execução. A Casa, então, acrescenta agora 1,2% do orçamento estadual às emendas para 2018.

DINHEIRO PARA PESQUISA

Enquanto o TCU cobra da Suframa pela falta de investimento das  empresas  em  ciência e tecnologia, o deputado Luiz Castro criticou ontem a redução dos recursos destinados à C&T, a redução dos quadros do Inpa e o descaso com o CBA.

NÃO SABIA MESMO…

Foi uma contradição o presidente interino da Assembleia Legislativa, Abdala Fraxe, dizer ontem que não sabia que a lei eleitoral manda o legislativo marcar a data da posse do novo governador.

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Na disputa judicial que mantém contra a eleição direta, Abdala se diz “guardião” da Constituição e das leis.

FECHANDO O EDUARDINHO

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella terá dificuldade na  reunião hoje com a bancada federal do Amazonas, para explicar o fechamento do Eduardinho.

Os parlamentares querem a manutenção do terminal de carga funcionando, mas a crise e o superdimensionamento do Eduardo Gomes falam mais alto.

OPOSIÇÃO RESPONSÁVEL

Feroz crítica do Governo do Estado, a deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB) diz que não fará oposição radical à futura gestão Amazonino Mendes (PDT). “Serei responsável, não serei precipitada”, afirma ela.

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