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Feriado prolongado às vésperas da eleição


Por Raimundo de Holanda

19/10/2014 21h58 — em
Bastidores da Política



O eleitor residente em Manaus  não vai ter tempo para a reflexão política na próxima sexta-feira. O clima no fim de semana prolongado vai ser de festa, culminando com o aniversário de 345 anos da cidade na antevéspera da eleição de domingo. Durante a semana o prefeito Artur Neto tem programação para a entrega de uma série de obras em vários bairros e na Ponta Negra. A nova galeria popular da Miranda Leão é uma das mais importantes.

MELO PESCA SOZINHO

O governador José Melo está mostrando nesta campanha que as histórias do “folclore político” a seu respeito têm, na verdade, uma versão diferente. Por exemplo, numas das viagens pelo interior com o então governador Amazonino Mendes, este manifestou a vontade de “tarrafear” no fim da tarde. Todo mundo queria ser o primeiro a achar a tarrafa, mas alguém lembrou que não havia  o utensílio  na lancha. Amazonino lamentou, rosnou, disse que em ocasiões como aquela ( de pura frustração), seu desejo era se afogar nas águas  barrentas do Solimões.  Havia uma torcida para isso no barco,  mas todo mundo ficou em silêncio, observando Amazonino maldizer a vida.  Melo estava lá, e sem dizer nada embarcou numa das canoas com motor de popa e zarpou à procura de uma tarrafa. Horas depois retornou com a dita cuja.   E pescou sozinho...

FERIADO PROLONGADO ÁS VÉSPERAS DA ELEI;ÇÃO

O eleitor residente em Manaus  não vai ter tempo para a reflexão política na próxima sexta-feira. O clima no fim de semana prolongado vai ser de festa, culminando com o aniversário de 345 anos da cidade na antevéspera da eleição de domingo. Durante a semana o prefeito Artur Neto tem programação para a entrega de uma série de obras em vários bairros e na Ponta Negra. A nova galeria popular da Miranda Leão é uma das mais importantes.

NEM LULA  ENTENDERIA

Durante o debate e votação da criação do ISS em Manaus, na primeira administração de Amazonino na prefeitura (1983/85), o recém-eleito vereador Eduardo Braga (PDS) combateu ferozmente a proposta, comandou a derrubada do projeto e ainda desfilou no plenário da Câmara Municipal carregando um caixão, simbolizando a “morte” do novo imposto. Após o episódio, Mazoca o chamou pra conversar e o “convenceu” a mudar para o seu lado.

Nem o general Golbery do Couto e Silva, o maquiavélico mentor do PSD – além de criador do PT e Lula para anular o velho trabalhismo de Leonel Brizola – entenderia mudança tão súbita.

LIXO COMPLICA VIDA DE PREFEITOS

Os municípios tiveram quatro anos para implantar a seus aterros sanitários controlados, acabando com os lixões a céu aberto. A maioria nada fez, os da Amazônia simplesmente ignoraram a Lei 12.305/2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Agora querem mais quatro anos, até 2018, pra resolverem o problema, mas quase nenhum tem sequer projeto para seu aterro. A luta está no Senado, que tem até o dia 6 de novembro para votar a MP da prorrogação. Querem empurrar com a barriga.

DILMA EM PÂNICO

A presidente candidata Dilma Rousseff entrou em pane ou em pânico? Primeiro admitiu, depois que o mundo todo foi informado através da mídia, que houve desvio de recursos públicos da Petrobras. Depois prometeu o que até agora tem sido impossível: ressarcir, no caso da Petrobras, os recursos desviados pelos esquemas de corrupção política. Por fim, esqueceu de “acionar” o mentor Lula na campanha, como deveria.

NÃO FOI BEM ASSIM...

Diz o senador Eduardo Braga (PMDB) que os eleitores da Cidade Nova votam  nele, mas uma  consulta à Justiça Eleitoral mostra outra realidade. Está lá no site do TSE, votação do 1º turno: José Melo 35.251 voto (41,28%), Eduardo Braga 30.439 (35,64%).

PODERES DIVINOS

No vale-tudo que o PT implantou nesta campanha eleitoral pela reeleição da presidente Dilma Rousseff vale até culpar o governo tucano de Geraldo Alckmin pela seca que assola o Estado de São Paulo e reduziu o principal sistema de abastecimento da capital paulista, Cantareira, a menos de 4%. A presidente Dilma culpa o governador Alckmin pelo fato. O argumento é pobre e não pegou.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.