Feriado prolongado às vésperas da eleição
O eleitor residente em Manaus não vai ter tempo para a reflexão política na próxima sexta-feira. O clima no fim de semana prolongado vai ser de festa, culminando com o aniversário de 345 anos da cidade na antevéspera da eleição de domingo. Durante a semana o prefeito Artur Neto tem programação para a entrega de uma série de obras em vários bairros e na Ponta Negra. A nova galeria popular da Miranda Leão é uma das mais importantes.
MELO PESCA SOZINHO
O governador José Melo está mostrando nesta campanha que as histórias do “folclore político” a seu respeito têm, na verdade, uma versão diferente. Por exemplo, numas das viagens pelo interior com o então governador Amazonino Mendes, este manifestou a vontade de “tarrafear” no fim da tarde. Todo mundo queria ser o primeiro a achar a tarrafa, mas alguém lembrou que não havia o utensílio na lancha. Amazonino lamentou, rosnou, disse que em ocasiões como aquela ( de pura frustração), seu desejo era se afogar nas águas barrentas do Solimões. Havia uma torcida para isso no barco, mas todo mundo ficou em silêncio, observando Amazonino maldizer a vida. Melo estava lá, e sem dizer nada embarcou numa das canoas com motor de popa e zarpou à procura de uma tarrafa. Horas depois retornou com a dita cuja. E pescou sozinho...
FERIADO PROLONGADO ÁS VÉSPERAS DA ELEI;ÇÃO
O eleitor residente em Manaus não vai ter tempo para a reflexão política na próxima sexta-feira. O clima no fim de semana prolongado vai ser de festa, culminando com o aniversário de 345 anos da cidade na antevéspera da eleição de domingo. Durante a semana o prefeito Artur Neto tem programação para a entrega de uma série de obras em vários bairros e na Ponta Negra. A nova galeria popular da Miranda Leão é uma das mais importantes.
NEM LULA ENTENDERIA
Durante o debate e votação da criação do ISS em Manaus, na primeira administração de Amazonino na prefeitura (1983/85), o recém-eleito vereador Eduardo Braga (PDS) combateu ferozmente a proposta, comandou a derrubada do projeto e ainda desfilou no plenário da Câmara Municipal carregando um caixão, simbolizando a “morte” do novo imposto. Após o episódio, Mazoca o chamou pra conversar e o “convenceu” a mudar para o seu lado.
Nem o general Golbery do Couto e Silva, o maquiavélico mentor do PSD – além de criador do PT e Lula para anular o velho trabalhismo de Leonel Brizola – entenderia mudança tão súbita.
LIXO COMPLICA VIDA DE PREFEITOS
Os municípios tiveram quatro anos para implantar a seus aterros sanitários controlados, acabando com os lixões a céu aberto. A maioria nada fez, os da Amazônia simplesmente ignoraram a Lei 12.305/2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Agora querem mais quatro anos, até 2018, pra resolverem o problema, mas quase nenhum tem sequer projeto para seu aterro. A luta está no Senado, que tem até o dia 6 de novembro para votar a MP da prorrogação. Querem empurrar com a barriga.
DILMA EM PÂNICO
A presidente candidata Dilma Rousseff entrou em pane ou em pânico? Primeiro admitiu, depois que o mundo todo foi informado através da mídia, que houve desvio de recursos públicos da Petrobras. Depois prometeu o que até agora tem sido impossível: ressarcir, no caso da Petrobras, os recursos desviados pelos esquemas de corrupção política. Por fim, esqueceu de “acionar” o mentor Lula na campanha, como deveria.
NÃO FOI BEM ASSIM...
Diz o senador Eduardo Braga (PMDB) que os eleitores da Cidade Nova votam nele, mas uma consulta à Justiça Eleitoral mostra outra realidade. Está lá no site do TSE, votação do 1º turno: José Melo 35.251 voto (41,28%), Eduardo Braga 30.439 (35,64%).
PODERES DIVINOS
No vale-tudo que o PT implantou nesta campanha eleitoral pela reeleição da presidente Dilma Rousseff vale até culpar o governo tucano de Geraldo Alckmin pela seca que assola o Estado de São Paulo e reduziu o principal sistema de abastecimento da capital paulista, Cantareira, a menos de 4%. A presidente Dilma culpa o governador Alckmin pelo fato. O argumento é pobre e não pegou.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.