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ELEIÇÕES 2018: Hora de lidar com os amantes traídos


Por Raimundo de Holanda

06/08/2018 20h58 — em
Bastidores da Política



Depois dos casamentos, a hora é de lidar com os amantes traídos. Os cabeças de chapa vão trabalhar para aglutinar  os rebelados dos outros grupos. Amazonino, David , Omar Aziz e Wilson Lima, principalmente estes, sabem  que será preciso aplainar ao máximo o ‘caminho’ que leva a 7 de outubro. Ou haverá   tropeços.

A forma como os casamentos ocorreram  deixou aliados descontentes e causou ‘desconforto’ no PR, no MDB, no PDT, no PT, no PSDB, no PP. O risco agora  é o fogo amigo dentro de casa. 

Quem se julgou traído guarda segredos que poderão se  tornar armas letais que mexerão, em algum momento,  com os ânimos do eleitor. O que sabem, o que vão dizer ou transferir para o outro lado,   num jogo  marcado pela ambivalência emocional, de amor e ódio,  será intenso.

 Mas se alguns amantes se julgam traídos é por não conheciam com quem se relacionavam. Cegos pela ambição de poder, não  perceberam que se aliaram a  predadores natos  de novas lideranças. Agora, abandonados, se  percebem meras estrelas cadentes. Os parceiros eram simplesmente buracos negros, que  sugaram sua  luz e seu brilho.

OLHO VIVO DA PF

Por conta do período eleitoral, a partir de ontem todos os voos, de Manaus para o interior do Estado, envolvendo os aeroportos Aeroclube e Eduardinho, deverão ser informados em relatório pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civi) à Polícia Federal contendo detalhes sobre datas e trechos percorridos, além da lista de passageiros.

 VANESSA NO LIMBO

Até o senador paranaense Roberto Requião viu na ‘cristianização’ da senadora Vanessa pelo PT do Amazonas como um ato “biblicamente abominável”. Além de atingir Vanessa, o petista histórico Francisco Praciano levou um tiro ‘pelas costas’. Abandonou a candidatura.

 ESTRATÉGIA DO PT

Vocalizar a campanha de Lula à presidência, mesmo com o líder preso, é a estratégia do PT para manter acesa a esperança da militância e eleitores. Mas o objetivo real é na alavancar um candidato ‘sombra’ para garantir e assumir os votos na última hora. Se der certo...  

MARIA DA PENHA

A Lei nº 11.340/06, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, completa 12 anos nesta terça-feira (7) e será comemorada com uma Sessão Especial na Assembleia Legislativa. Uma lei criada para punir atos de violência contra as mulheres, mas que não resolveu muita coisa.

ISSO PODE ?

Cassado recentemente pelo TRE-AM, o ex-prefeito de Novo Airão Wiltom Santos é um dos mais fortes concorrentes na eleição suplementar que acontecerá em 28 de outubro no município. Ele foi aclamado em convenção no último domingo e, se vencer a disputa, substituirá a si mesmo no comando do Poder Executivo local.

BOULOS SAI NA FRENTE

Ao menos no registro de candidatura o presidenciável do PSOL, Guilherme Boulos, saiu na frente. Ele foi o primeiro a aparecer no sistema de registro de candidaturas do TSE como candidato a presidente da República. 

HENRIQUE LIBERADO

O ex-vice-governador do Amazonas cassado no ano passado, Henrique Oliveira (Pros), foi liberado pelo Tribunal Superior Eleitoral para disputar às eleições deste ano. Oliveira será candidato a deputado federal graças a uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que preserva os seus direitos políticos, afastando a causa de inelegibilidade decorrente da condenação por compra de votos. A decisão foi expedida na última sexta-feira (3). 

NÃO PRESTOU CONTAS

O ex-prefeito de Beruri José Domingos de Oliveira não prestou contas de recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), em 2011, por isso foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a devolver R$ 294,4 mil aos cofres do FNDE. O ex-prefeito ainda foi multado em R$ 140 mil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (6). 

 

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ASSUNTOS: #eleiçoes2018, Amazonas, Eleições 2018

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.