Elas, as poderosas
Contrariando as estatísticas que alarmaram a ministra Cármen Lúcia, em sua visita a Manaus, está um grupo significantivo de homens agredidos, espancados e humilhados diariamente por mulheres. Em sua maioria, eles não prestam queixa. O sofrimento é justificado pela paixão e muitas vezes pela dependência econômica. E também pelo medo. “ Se tocares um dedo em mim te denuncio e tu serás preso”, ´é o que eles ouvem das companheiras. Silenciosamente e por amor eles sofrem, apanham e não revidam. Afinal, sabem que a justiça fez uma escolha entre o macho, cidadão de segunda classe, e a fêmea cada vez mais protegida, dona do seu nariz e senhora de todos os homens.
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Essa estatística de violência contra a mulher, minuto a minuto, precisa ser melhor avaliada. Seria muita precisão contar os segundos nos quais supostamente uma mulher é agredida em Manaus e no Brasil. Que existe violência isso é inegável, mas na proporção divulgada é um grande exagero e um desserviço ao país, a família e particularmente ao homem e a mulher que na sua maioria constróem famílias e querem viver bem.
Preocupação geral
Depois de assistir a ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do STF, mostrar os números de "uma mulher agredida por minuto no Brasil e seis mulheres por minuto no Amazonas", o prefeito Artur Neto reconheceu que os poderes precisam estar integrados para combater a violência doméstica. "Esses números revelados pela ministra mostram que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário precisam estar atentos e trabalhando juntos para evitar que mais mulheres sejam agredidas”.
Dilma em crise com o PT
A grande imprensa tem botado panos quentes, mas um fato indisfarçável na crise de governo é que a presidente Dilma anda “à beira de uma crise de nervos com o PT”. Na mosca do alvo estão os agenciadores da “grana” do partido, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Desde o ano passado a presidente, que nunca confiou nele, vinha tentando tirar Vaccari do cargo. E logo após sua prisão, reuniu os ministro de confiança e decretou: “Não quero uma frase em defesa do Vaccari”.
Doações para a Apae
Para o senador Omar Aziz o problema político do Brasil tem vício de origem. O que para ele, não vem sendo discutido na reforma política em andamento no Congresso. “Eu queria ver essas empresas que financiam as nossas campanhas dar todo esse dinheiro para a Apae”, disse Omar. E desafiou quem seja capaz de encontrar na contabilidade de uma empresa que tenha um contrato bilionário na Petrobras, alguma doação vultosa para entidades que tenham uma criança com deficiência. “Então a gente vê que o nosso debate é uma hipocrisia. Não se discute a origem. Nós vamos passar dois, três, quatro anos e não vamos resolver”.
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O senador reconhece que “o tato político” é o que lhe falta, e que a sinceridade causa prejuízo, às vezes. “Mas se for para eu não ter sinceridade para defender o meu Estado e a minha cidade, eu não quero não ter tato político. E acabou”.
Mo0mento para reformar
Para o deputado federal Átila Lins, que é membro da comissão que analisa a PEC 352 da reforma política, na Câmara Federal, o momento é propício para fazer as mudanças, uma vez que a sociedade toda está “exigindo” que esta reforma se concretize. “Temos certeza que vamos ter este ano uma reforma política que contemple o mínimo de consenso da população brasileira”. Átila deu como exemplo de participação o fato de as audiências da comissão estarem sendo realizadas em praticamente todos os estados. “A proposta também reúne todos os projetos em tramitação que tratavam da reforma”, disse.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.