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Elas, as poderosas


Por Raimundo de Holanda

18/04/2015 22h29 — em
Bastidores da Política



Contrariando as estatísticas que alarmaram a ministra Cármen Lúcia, em sua visita a Manaus,  está um grupo significantivo de homens agredidos, espancados e humilhados diariamente por mulheres. Em sua maioria, eles não prestam queixa. O sofrimento é justificado pela paixão e muitas vezes pela dependência econômica. E também pelo medo. “ Se tocares um dedo em mim te denuncio e tu serás preso”, ´é o que eles ouvem das companheiras. Silenciosamente e por amor eles sofrem, apanham e não revidam. Afinal, sabem que a justiça fez uma escolha entre o macho, cidadão de segunda classe, e a fêmea cada vez mais protegida, dona do seu nariz e senhora de todos os homens.

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Essa estatística de violência contra a mulher,  minuto a minuto, precisa ser melhor avaliada. Seria muita precisão contar os segundos nos quais supostamente uma mulher é agredida em Manaus e no Brasil. Que existe violência isso é inegável, mas na proporção divulgada é um grande exagero e um desserviço ao país, a família e particularmente ao homem e a mulher que na sua maioria constróem famílias e querem viver bem.    

Preocupação geral

 Depois de assistir a ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do STF, mostrar os números   de "uma mulher agredida por minuto no Brasil e seis mulheres por minuto no Amazonas", o prefeito Artur Neto reconheceu que os poderes precisam estar integrados para combater a violência doméstica. "Esses números revelados pela ministra mostram que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário precisam estar atentos e trabalhando juntos para evitar que mais mulheres sejam agredidas”.

Dilma em crise com o PT

A grande imprensa tem botado panos quentes, mas um fato indisfarçável na crise de governo é que a presidente Dilma anda “à beira de uma crise de nervos com o PT”. Na mosca do alvo estão os agenciadores da “grana” do partido, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Desde o ano passado a presidente, que nunca confiou nele, vinha tentando tirar Vaccari do cargo. E logo após sua prisão, reuniu os ministro de confiança e decretou: “Não quero uma frase em defesa do Vaccari”.

 Doações para a Apae

Para o senador Omar Aziz o problema político do Brasil tem vício de origem. O que para ele, não vem sendo discutido na reforma política em andamento no Congresso. “Eu queria ver essas empresas que financiam as nossas campanhas dar todo esse dinheiro para a Apae”, disse Omar. E desafiou quem seja capaz de encontrar na contabilidade de uma empresa que tenha um contrato bilionário na Petrobras, alguma doação vultosa para entidades que tenham uma criança com deficiência. “Então a gente vê que o nosso debate é uma hipocrisia. Não se discute a origem. Nós vamos passar dois, três, quatro anos e não vamos resolver”.

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O senador   reconhece que “o tato político” é o que lhe falta, e que a sinceridade causa prejuízo, às vezes. “Mas se for para eu não ter sinceridade para defender o meu Estado e a minha cidade, eu não quero não ter tato político. E acabou”.

Mo0mento para reformar

Para o deputado federal Átila Lins, que é membro da comissão que analisa a PEC 352 da reforma política, na Câmara Federal, o momento é propício para fazer as mudanças, uma vez que a sociedade toda está “exigindo” que esta reforma se concretize. “Temos certeza que vamos ter este ano uma reforma política que contemple o mínimo de consenso da população brasileira”. Átila deu como exemplo de participação o fato de as audiências da comissão estarem sendo realizadas em praticamente todos os estados. “A proposta também reúne todos os projetos em tramitação que tratavam da reforma”, disse.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.