Um dia 39 presos fogem cavando um túnel de 11 metros; no outro, os que ficaram fazem rebelião e ameaçam queimar reféns.  Não se pode dizer que a crise, que precarizou as relações de trabalho no serviço público seja a causa. Há mais que isso: há falta de gestão, que agrava  o quadro de crise que é endêmico em toda a máquina pública. O governador José Melo não é o culpado pela recessão que se traduz em fechamento de empresas e desemprego, mas pode fazer muito mais do que tem feito para evitar o colapso do Estado, que já ocorre em algumas áreas. Precisa agir com rapidez, com pulso forte e com espirito público.

Afinal, não pode permanecer refém de ações de quem perdeu o jogo e o leva para uma disputa judicial sem fim.

Tem que governar, que impor sua autoridade e fazer as reformas necessárias para permitir que o Estado siga o seu rumo.

Melo precisa compreender que o Amazonas espera dele mais do que tem oferecido.  E que a hora de agir ainda não passou.

Ou enfrentará outras crises, que precisam desde já ser abortadas, com autoridade, trabalho, eficiência. É isso, apenas isso, que o Amazonas espera .(RH)

MUDANÇA NO TJAM

A partir de julho deste ano o Tribunal de Justiça do Amazonas muda de comando. A eleição ontem do desembargador Flávio Humberto Pascarelli para a presidência da Corte, tendo como vice Jorge Manoel Lins e   Aristóteles Thury, alça ao poder o grupo de oposição à administração da desembargadora Graça Figueiredo, que  defendia o nome da atual presidente do TRE, Socorro Guedes.  Graça ( mas do que Socorro) perdeu.

O SUPLENTE DE BRAGA

A articulação em torno da vaga do senador Eduardo Braga envolvem mais do que apenas um ‘acordo’ para o financiador de campanha. Está em foco a presidência da CNI - Confederação Nacional da Indústria, que pela longa tradição do setor deve ser ocupada por um senador da República. O terceiro suplente de Braga, o megaempresário Lírio Parisotto quer se tornar a ‘bola da vez’ para a presidência da CNI, cargo que pôs a entidade em destaque quando comandada por ex-senadores como Albano Franco, Fernando Bezerra e Armando Monteiro.

 SEM PORTO, SEM FUTURO

No município de Itamarati   não existe um porto para embarque e desembarque . E se depender do novo Código Florestal não vai ter mesmo. Lá as mercadorias são descarregadas das embarcações em canoas e levadas até a margem; botijas de gás vão ‘nadando’ entre os dois pontos. Isto porque o Código proíbe construções até 500 metros das margens dos rios nas áreas de floresta. Segundo o deputado Serafim Correa, a bancada federal do Amazonas votou   quase unânime na aprovação do  Código Florestal em 2012: “dos 11 deputados e três senadores só o Praciano votou contra”. Agora é preciso desatar esse nó.

PROJETO PARA A AGRICULTURA

O governador José Melo enviou ontem à Assembleia Legislativa um projeto de lei substituindo o PL nº 79/16, que disciplina a atividade de agricultura no Amazonas. Melo quer reforçar o seu programa agrícola que é a âncora do governo para levar novas atividades produtivas para os municípios do interior.

IBAMA FICA COMILÃO

Os apicultores que se cuidem, pois o Ibama está cada vez mais voraz contra o bolso dos produtores rurais. Atualmente os produtores de mel só têm direito de ter 50 caixas criatórios de abelhas, e a partir daí terá de pagar R$ 1,8 mil reais para ter caixas a mais. O deputado Dermilson Chagas apelou ao governo pela isenção dessa taxa, ou então aumentar para 100 caixas em cada propriedade. “É um absurdo que um pequeno apicultor tenha de apresentar até estudo de sítios arqueológicos para criar abelhas em sua propriedade.”