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Drauzio Varella, ‘Suzy’ e o capitão Bolsonaro


Por Raimundo de Holanda

09/03/2020 20h57 — em
Bastidores da Política


  • Varella fez o que qualquer pessoa de bem faria. Não procurou culpa numa pessoa que está pagando o preço do seu crime. No lado oposto, Bolsonaro ‘juntou pedras’ para armar as suas milícias. Varella ensina como se comportar nas redes sociais. Bolsonaro dá exemplo do pior comportamento…

O médico Drauzio Varella é voluntário do sistema penitenciário em SP, onde atua levando boas ações aos apenados. Jair Bolsonaro é o presidente do Brasil e também voluntário, nas milícias virtuais, onde atua fomentando o preconceito, o ódio e a violência gratuita e perniciosa.

São pessoas com visibilidade e milhares de seguidores nas mídias e redes sociais, que desde a semana passada são protagonistas no cenário de caos que domina o mundo virtual no país.

Em reportagem do Fantástico, da Globo, no presídio de Guarulhos, o médico abraçou a detenta trans Suzy Oliveira, que não recebia visitas há 8 anos. E emocionou parte do país.

Varella faz o que qualquer pessoa de bem faria. Não procurou culpa numa pessoa que está pagando o preço do seu crime. Viu ali a solidão de um ser humano sofrido pagando seu erro.

Não procurou uma pedra para ser o primeiro a atirá-la na pecadora. Ao contrário, mobilizou uma corrente de solidariedade em todo o país para ajudá-la a suportar seu duro castigo.

No lado oposto, porém, o presidente ‘juntou pedras’ para armar as suas milícias. E enalteceu a liberdade da internet que permite julgar e condenar, sem olhar para os próprios pecados.

Varella ensina como se comportar humanamente nas redes sociais. Bolsonaro dá exemplo do pior tipo de comportamento, atropelando as normas de conduta que deveria respeitar.

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ASSUNTOS: 'trans Susy', Bolsonaro, Drauzio Varella, Golbo, PRECONCEITO, redes sociais

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.