A  CPI da Saúde tomou um rumo inesperado para o governo. Em poucos dias copilou notas fiscais, empenhos e comprovou o sobrepreço de “ventiladores” - que já  era admitido pelo Estado do Amazonas, mas também abriu outra frente: começa a investigar o caminho do dinheiro que financiou a transação (R$ 2,480 milhões) entre a Sonar (empresa que vendeu os 28 equipamentos) e a loja de vinhos, que os forneceu para o Governo sem que  supostamente tivessem suporte financeiro para o negócio.

Como o pagamento da Loja de Vinhos para a Sonar foi à vista, a suspeita é que haja um financiador.  Mas quem ?

“O desafio que está colocado agora  é descobrir quem está por trás dessas empresas , já que existem fundadas suspeitas de que pelo porte das duas  elas não teriam cacife para bancar essas operações à vista,” disse à coluna Serafim Correa (PSB), deputado e membro da CPI.

Se esse personagem de fato existir provavelmente é alguém  com perfil psicológico fora dos padrões de normalidade, operando no submundo do crime, como o Coringa do Filme Batmam.  Um criminoso contumaz que a CPI procura agora identificar.

Mas se a CPI aparece como uma ameaça inesperada - o governo não conseguiu fazer maioria na comissão - paralelamente à investigação  que vem sendo realizada,  há um trabalho silencioso de órgãos federais em curso.

O que vai resultar daí ainda não se conhece,  mas  a meteorologia política  aponta para um terremoto nos próximos dias.

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