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Corrupção tem impacto no financiamento do Festival de Parintins


Por Raimundo de Holanda

24/06/2016 23h13 — em
Bastidores da Política



O senador Eduardo Braga chegou ontem a Parintins com a gana de menino brigão que não aceita ser derrotado pelo ‘baixinho’ da turma.  Foi  logo chutando na canela do governador José Melo e chamando pra briga.   Braga  apelou para a má fé política,  acusando o governo de querer acabar com o Festival dos bumbás, mesmo sabendo que a ajuda financeira foi cortada por causa das dificuldades impostas pela crise que seus aliados  Dilma e Lula  ajudaram a  ampliar mantendo o esquema de propina implantado   nas estatais do setor energético. É o seu jeito típico de agir.

Braga não é santo. o Senador foi acusado por executivos da Andrade Gutierrez de receber cerca de R$ 30 milhões em propina . Pior, de  fazer ameaças se houvesse atraso no pagamento da grana que supostamente exigia  receber.

O problema é que esse tipo de comportamento, como o atribuído a Braga por delatores da Lava Jato,  sangra  estados pobres como o Amazonas. O resultado está aí:  economia  encolhendo, governo sem poder ajudar financeiramente festivais como o de Parintins. 

AMAZONAS GANHA NOTA B

Por depender praticamente só do Parque Industrial de Manaus  para sustentar sua economia, o Amazonas com uma nota B ficou atrás do Pará na avaliação do Tesouro Nacional sobre a situação fiscal das 27 unidades da federação, diante da crise econômica. O Pará é o único Estado que conseguiu bater um A, ainda assim, um ‘A menos’, considerado um conceito “muito forte” para os analistas, diante da crise que jogou São Paulo para um C-, Minas para um D+ e o Rio para um D. Na região Roraima, Rondônia e Amapá se igualaram ao Amazonas e somente o Acre, administrado pelo PT, ficou abaixo com C+. O bom desempenho do Amazonas se deve aos ajustes ‘dolorosos’ feitos pelo governador José Melo, que preferiu cortar na carne para manter o Estado funcionando. 

JUMA VIRA CELEBRIDADE INTERNACIONAL

Abatida  com um tiro de pistola no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), a onça Juma virou celebridade internacional nas redes sociais. Todo mundo quer tirar uma “casquinha” de fama à custa do animal fulminado por causa de um “pedaço de pau pegando fogo” chamado Tocha Olímpica.

Gisele Bündchen também lamenta morte de Juma

A badaladíssima modelo brasileira Gisele Bündchen postou mensagem em inglês e português em seu Instagram protestando contra a tragédia que ceifou a vida de Juma - tragédia que no mínimo deveria abrir questionamento sobre a existência de animais selvagens em cativeiros do Exército, afrontando o pudor ambientalista em pleno coração da Amazônia.

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Também o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) entrou na onda midiática em torno da onça morta e exigiu do ministro da Defesa, Raul Jungmann, a cabeça do comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), Alcimar Marques de Araújo Martins.

PT NÃO QUER ERRAR MAIS

O PT do Amazonas vai ensinar hoje e amanhã seus candidatos e candidatas a vereador e vereadora, como enfrentar os desafios na campanha eleitoral desteano, diante do desastre administrativo e moral do seu governo, que levou o país a se afundar na crise atual. Por meio da Fundação Perseu Abramo, os teóricos petistas também vão ensinar aos novatos o modo petista de legislar e fazer campanha. A formadora da Escola de Formação do PT, Regina Queiroz diz que o partido sempre prezou pela qualificação de seus candidatos, para deixar clara a diferença petista. O Brasil que o diga.

 

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ASSUNTOS: Amazonas, bastidores da política, Eduardo Braga, José Melo, Lava Jato, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.