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A confusão que Arthur Virgilio criou em Manaus


Por Raimundo de Holanda

15/02/2017 20h32 — em
Bastidores da Política



A discussão em torno do aumento da tarifa de ônibus em Manaus chegou a um ponto de ‘estrangulamento’. A arrogância do prefeito Arthur Neto não está surtindo mais efeito diante da ‘confusão’ dos números e da realidade dos fatos.

Prefeito e empresários usam números confusos para justificar um aumento que o próprio Arthur dizia, antes da crise, que era injustificável, porque as empresas não ofereciam contrapartida aos benefícios que recebiam.

Agora, justamente porque o governo deixa de subsidiar um setor que não transformou os benefícios recebidos em melhoria no transporte, prefeito e empresários ‘estranhamente’ se unem para pressionar o governo pela volta dos subsídios.

O Sinetram diz que a suspensão de subsídios do governo impacta na planilha de custos do transporte. É claro que impacta, assim como impacta no bolso do cidadão contribuir com subsídio a um setor que não lhe oferece um serviço decente.

Mas o governador José Melo está agindo em nome da justiça fiscal, que só prevê subsídios com contrapartida social e sem privilegiar setores específicos: teria de subsidiar todos os setores de transporte público, inclusive o fluvial.

A realidade é que, apesar do aumento de 10% na tarifa e manutenção de subsídio de R$ 5 milhões/mês, da prefeitura, o sistema continua caótico, , com paralisações constantes e sem nenhuma melhoria real para a população.E os empresários querem mais, avalizados pela omissão contumaz  do gestor da cidade, que insiste em culpar terceiros pelos seus erros. 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.