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Coari sob a lupa do Ministerio Público


Por Raimundo de Holanda

18/08/2019 22h21 — em
Bastidores da Política



INSTITUIÇÃO DEVE EVITAR SER TRANSFORMADA EM MERO INSTRUMENTO DE GRUPOS DE INTERESSE - O Ministério Público do Amazonas está em Coari com um “Grupo de Trabalho" que chama atenção.  São cinco promotores e um procurador para olhar com lupa denúncias contra a administração do município. Essa é a função do MP. Por isso mesmo, como instituição voltada para  a defesa do interesse público -leia-se  Estado ou cidadão -  não deve, nem pode escolher quem será fiscalizado, nem quedar-se a interesses políticos  que predominam no município.

As longas reportagens em redes de TV, que serviram de base para a formação da força-tarefa  ou "Grupo de  Trabalho" são claramente manipuladas por grupos antagônicos a administração  de Coari.  Imiscuir-se nessa confusão é reduzir uma instituição -  essencial para a defesa de direitos fundamentais e sociais -  a mero instrumento de grupos de interesse.

Não que não se deva investigar denúncias, mas falta ao promotor que atua no município e que aparece na reportagem de tv acusando sem antes apresentar provas contundentes,  a necessária impessoalidade. É obsessivamente agressivo, parcial em muitos aspectos.  Não pode conduzir a investigação, como determina a Portaria da Procuradora Ieda Mara que criou o grupo de trabalho.

Considerando que os promotores tem autonomia e atuam de forma independente, além de serem irremovíveis, seria medida salutar  afastá-lo ao menos da Força-Tarefa,  para que  o Ministério Público apresente um relatório consubstanciado em provas concretas e sem que dele seja  levantada qualquer suspeita.

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ASSUNTOS: adail filho, Amazonas, coari, Corrupção, força-tarefa, mp-am

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.