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Chegou a hora de o governo acenar com um gesto de boa vontade com os professores


Por Raimundo de Holanda

02/05/2019 21h42 — em
Bastidores da Política



O governo do Amazonas errou ao acionar a justiça para impedir o movimento dos professores, impor multas ao sindicato e descontar os dias parados. Nada disso impediu o crescimento de um movimento que agora afeta diretamente o Estado e ameaça o período de férias dos alunos.  O governo precisa tomar a iniciativa do diálogo. Pode  começar um processo de distensão dessa crise pagando os dias parados e chamando os professores para a mesa de negociação.

Os professores são cidadãos conscientes de seu papel na sociedade e sabem, mais do que ninguém,  que a greve é um instrumento legal de pressão que pode ser utilizado de forma racional, mas não são radicais. Mais do que qualquer outra categoria tem buscado o diálogo e obtendo como resposta o silêncio. Curiosamente, quem radicaliza é o governo, que tem o papel de contemporizar, de conversar, de apontar caminhos, de pacificar e mediar conflitos. 

A hora  parece ser essa, mas a distensão tão almejada tem uma janela. É difícil imaginar que permaneça aberta por muito tempo. Se não houver diálogo agora é muito provável que essa greve se estenda por meses, comprometendo o ano escolar, os alunos e seus  pais que programavam viagens no período de férias, que geralmente ocorre entre junho e julho.

 

O Portal do Holanda não torce contra o governo nem aposta na radicalização do movimento grevista. Como todo mundo de bom senso acredita no diálogo como meio de resolver conflitos. E essa é a hora.

Os professores sempre  quiseram conversar e ouvir. Por que isso é tão difícil para o governo?

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ASSUNTOS: Amazonas, asprom, greve dos professores, Seduc, sinteam, wilson lima

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.