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Braga e Omar inocentados


Por Raimundo de Holanda

08/06/2018 21h13 — em
Bastidores da Política



Em tempos de intensa repulsa as noticias falsas que se espalham nas redes sociais, os brasileiros ganharam  outro inimigo da verdade: a delação. Se falsa, desqualifica pessoas, destrói biografias, humilha, envergonha e em muitos casos mata. É um problema que a sociedade brasileira de certa forma acha conveniente. Tanto, que virou lei. E embora haja muitos ganhos, há grandes perdas e uma terrível relação com o crime das noticiais falsas - à medida que uma delação sem provas ganha espaço na mídia. Desmentir, como agora,  não gera bônus para as vítimas, nem ônus para quem as publicou. 

É o caso do arquivamento, por falta de provas, do inquérito aberto pelo Ministério Público Federal contra os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz, acusados de receber propina para favorecer o consórcio Camargo Correa e Construbase, na construção da Ponte Rio Negro.

Mais de um ano de desconstrução da imagem dos dois políticos, com noticias falsas veiculadas pela imprensa, com base em  informações de agentes públicos que não conseguiram comprová-las. Quem vai pagar esse prejuízo ? 

O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que relatou o caso e decidiu pelo arquivamento do inquérito, conclui sua decisão dizendo que “não foram apresentados” sequer “indícios mínimos  de materialidade das infrações penais apontadas”, e que  por isso aponta “ausente de justa causa para a continuidade do inquérito". Foi apoiado pelos ministros  Celso de  Mello,  Marco Aurelio e Dias Toffoli. 

Não é uma noticia interessante, não dá manchete. Interessante para as pessoas  é o que desqualifica, incrimina, destrói e mata. 

COM A COORDA TODA

O pré-candidato do PSB David Almeida começou com uma promessa desafiadora: anunciar uma adesão partidária por semana até a eleição. Vai precisar de 17 partidos para completar o ‘time’. Se conseguir, terá na semana do pleito 24 partidos em sua aliança.

 OS CANDIDATOS

A semana teve até ontem quatro candidatos às duas vagas ao Senado que estarão em disputa nestas eleições. Eduardo Braga foi o primeiro a se anunciar à reeleição; depois veio Vanessa Grazziotin, seguida de Alfredo Nascimento e ontem foi a vez de Praciano.

AGU COBRA DÍVIDAS

A Advocacia Geral da União (AGU) está cobrando o pagamento de dívidas do PRB, PR e PSL, após suas prestações de conta terem sido reprovadas no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE/AM). A AGU cobra o recolhimento de R$ 6,7 mil do PRB, R$ 18,6 mil do PSL e R$ 30,3 mil do PR. Os representantes dos partidos foram convocados para tratar da dívida e sobre a possibilidade de parcelamento. 

DISTRIBUIÇÃO DE GELO INVESTIGADA

Um Procedimento Preparatório Eleitoral foi aberto pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) para apurar suposta distribuição de gelo, na execução de programa social e armazenamento de pescado de graça a pescadores artesanais. O programa social é coordenado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o procurador eleitoral Rafael Rocha solicitou informações se o serviço está dentro da legalidade no serviço, devido a publicação no perfil do Facebook do deputado federal Alfredo Nascimento.

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O Dnit possui 10 dias para enviar informações e a investigação possui prazo de 60 dias. A portaria foi publicada no Diário Eletrônico do MPF de sexta-feira (8). 

SOLANGE EX-AVIÕES EM BORBA

O prefeito de Borba Simão Peixoto contratou, com dispensa de licitação, a empresa J. O. Santos Publicidade e Eventos Epp, responsável por trazer a cantora Solange Almeida, ex-Aviões do Forró, por R$ 194,5 mil. Solange se apresentará no próximo dia 12 no festejo de Santo Antônio de Borba. O contrato foi publicado no Diário Oficial dos Municípios do Amazonas de sexta-feira (8). 

 SECRETÁRIO DO TESOURO

Hélio Ferreira da Silva foi exonerado do cargo de secretário executivo do tesouro da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz), em decreto assinado pelo governador Amazonino Mendes, publicado no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (7). Para assumir o cargo, Alessandro Ribeiro foi nomeado. 

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ASSUNTOS: delação, eduardo e omar

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.