Diante de uma plateia seleta que ouvia atentamente as questões sobre a reforma política, o      procurador Edmilson Barreiros  foi irônico quando disse que o único país do mundo que adota o sistema de financiamento público de campanha “é o glorioso Butão, que não é assim um exemplo de democracia que possa ser seguido”. Só para entender, o reino do Butão é um pequeno país no alto do Himalaia, cujo regime político e o da monarquia constitucional.

NÃO CONVENCEU

O relator da PEC da reforma política, deputado Marcelo Castro fez  ontem em Manaus uma apresentação a respeito do sistema eleitoral, político e partidário brasileiro, mas não conseguiu empolgar os participantes da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa para debater a questão. Foi elogiado pelo senador Omar Aziz, o prefeito Artur Neto e outros oradores, porém não conseguiu passar “segurança” quanto à aprovação de propostas efetivamente inovadoras. Castro defendeu uma reforma seguindo “modelos” que já deram certo em países do primeiro mundo como o voto distrital, com modificações tupiniquins.

SARAFA CUTUCA OAB 

Outro que resolveu radicalizar em seu pronunciamento foi o deputado Serafim Correa. Depois de ouvir o representante da OAB Carlos Santiago falar a respeito do posicionamento da entidade sobre a reforma política, Sarafa deu um “pito” na ordem dos advogados, lembrando que para criticar a reforma política, a OAB teria que mudar o sistema de colégio eleitoral que elege o seu presidente há 30 anos.

 O DISTRITÃO DE ÁTILA

O deputado federal Átila Lins, que presidiu a audiência pública sobre a reforma política ontem, na Assembleia, disse que é favorável ao ‘distritão’, que é a escolha que se processa de deputados e vereadores pela vontade majoritária do povo. “Ganham os mais votados”, disse Átila, único parlamentar amazonense membro da Comissão Especial da Reforma Política. a proposta também é defendida pelo relator da PEC da reforma, Marcelo Castro e pelo vice-presidente Michel Temer, ambos do PMDB.

LEITE PERDE

Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas decidiram pelo arquivamento da representação  apresentada pelo deputado estadual licenciado Sidney Leite (Pros) contra o juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos, que decretou toque de recolher durante as eleições de outubro de 2014 em Maués.

BNDES AUSENTE

O senador Omar Aziz (PSD), que briga por recursos federais para Manaus,  também  não está satisfeito com a ausência de financiamentos a juros subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que são direcionados a estados ricos e não chegam aos mais carentes, como o Amazonas. Aziz avisa que questionou o presidente do banco, Luciano Coutinho, a respeito.

PROPAGANDA IRREGULAR

Por falar em Omar Aziz, a ação movida pelo então candidato ao Senado da República contra o também candidato àquela casa legislativa, Francisco Praciano (PT), originada de propaganda eleitoral com envolvimento de familiares do senador, foi considerada procedente pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas.