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A crise em pauta. Ary x Lobo.


Por Raimundo de Holanda

26/05/2016 23h40 — em
Bastidores da Política



Ari Moutinho soltou o verbo contra a Sefaz em relação às dívidas de empresas poderosas com o Estado e à dívida fundamentada de empresas falidas. E tem razão quando bate forte no secretário Afonso Lobo, lamentando nele a ausência de critérios técnicos e de mais “vontade” no reordenamento da receita estadual. De fato, Lobo tem posicionado o Estado como ‘devedor’ quando está na condição de ‘credor’ e tem deixado ‘esqueletos’ de dívidas fundamentadas assombrarem o orçamento ano após ano.

Petrobras e Amazonas Energia lideram o ranking de devedores ativos com a soma de mais de R$ 1,279 bilhão, sendo R$ 944,786 milhões da primeira e R$ 344.445 milhões da segunda. E empresas falidas como S. Monteiro, Sonora, Sharp e CB Supermercados deixaram dívidas se se tornaram ‘moeda podre’, sem valor nenhum, a não ser para onerar o balanço estadual.        

A informação de que  uma única empresa inscrita como Microempreen­de­dor Individual (MEI) no Amazonas comprou em um mês mais de R$ 7,5 milhões em cerveja de fora do Estado, e deixou de pagar cerca de R$ 2,6 milhões em ICMS, deve ser urgentemente apurada.  Essa empresa faria parte de  um grupo de outras 360 que possivelmente estariam cadastradas irregularmente como MEIs. A sonegação chegaria a  R$ 100 milhões por ano. Um grande buraco que precisa ser fechado.

UM CARA DE SORTE

Mesmo na adversidade, o deputado Pauderney Avelino (DEM)  aparece bem na fita. Primeiro foi o protesto de petistas no aeroporto de Manaus, quando chegou a ser agredido por defender o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.  De pronto ganhou um generoso espaço na mídia. Agora  foi a vez do delator  Sérgio Machado atacar o parlamentar,  que defende  condenação de todos os envolvidos  na organização criminosa desmontada pela Lava Jato.  Mais uma vez Pauderney está na mídia. Para se defender, mas o espaço que ganha é bem maior que  a ofensa recebida,

A TURMA DO PT CALOU

Ironizando o discurso da oposição contra o governo Michel Temer, o deputado Abdala Fraxe lembrou o mantra da ‘herança maldita’ tão repetido pelos companheiros e camaradas dos governos Lula e Dilma agora evitam de tocar no assunto. “Essa turma, de maneira sistemática levou 13 anos pra levar o Brasil às portas do precipício, o que significa que a herança não era tão maldita”, disse Fraxe. 

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ASSUNTOS: afonso lobo, Amazonas, ARY MOUTINHO, Manaus, sefaz, TCE

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.