Arquivada denúncia contra professora acusada de dar expediente em motel
Uma professora foi denunciada ao Ministério Público do Estado do Amazonas porque, segundo relatos de uma mulher que não se identificou no site do órgão ministerial, cumpria parte da jornada de trabalho em um motel da cidade “na companhia de meu marido”.
A Constituição Federal veda o anonimato, mas o MP ( todos os MPS) insiste em abrir seu site para delações que não justificam a abertura de procedimento formal investigatório.
A denuncia foi arquivada. Sequer merecia o despacho dos promotores Regina Trindade e André Martins no Diário Oficial da instituição, edição desta segunda-feira. Mas poderia ter prosperado se a denunciante tivesse, por exemplo, fornecido o nome da escola onde a professora atuava, a sua jornada de trabalho, “o motel que ela, em tese, frequentava” com o marido da outra. Ainda assim seria um erro brutal, porque ao final as alegações feitas anonimamente poderiam não ser confirmadas. Ficaria um nome enlameado, uma biografia destruída.
No País das delações parece que o que vale não é a Constituição, mas o que move o ressentimento dos outros, a calúnia e a difamação. O anonimato é um estimulo a exposição de ressentimentos daqueles que não sabem viver bem, nem respeitar o próximo. Não pode ser estimulado pelos órgãos de controle, como os MPS
PITO NO ZÉ RICARDO
Acostumado a dar ‘pito’ em todo mundo, o deputado José Ricardo teve de ouvir calado, um belo ‘pito’ de um agricultor que reclamou do pouco tempo para falar numa audiência pública. “É sempre assim, deputado, quando é para o povo falar o tempo é curto”.
GUERRA DOS VETOS
A ‘guerra dos vetos’ entre oposição e governo na Assembleia deve arrefecer durante a votação de amanhã no plenário da Assembleia Legislativa. Com maioria ‘flutuante’, o governo vai insistir no veto ao aumento da idade para ingresso na PM, que é questão militar.
AGENDA DA SAÚDE
O secretário da Susam, Francisco Deodato tem agendado encontro com representantes do Movimento dos Trabalhadores da Saúde, na quinta-feira, para discutirem as reivindicações da categoria, apontadas ontem em audiência pública.
DE ONDE VEM A COMIDA
O coordenador do programa Terra Legal, do Incra, Marco Aurélio lamentou a desatenção do órgão para com os assentados, que pouco produzem por falta de apoio. “Nos fabricamos geladeira, fogão, celular, mas nós não fabricamos o que comer. Alguma coisa está errada neste Estado.”
FORÇAS NAS FRONTEIRAS
Fazendo coro ao senador Omar Aziz (PSD), parlamentares estaduais prometem se manifestar, na sessão desta terça-feira da Assembleia Legislativa, a favor da intervenção das forças armadas no combate ao tráfico de drogas e armas nas fronteiras brasileiras, envolvendo, inclusive, a região do Alto Solimões, no Amazonas.
TRÁFICO DE ARMAS
Além do tráfico de entorpecentes, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) trafica armamentos pesados e sofisticados, como fuzis AK-47, na fronteira de Roraima com a Venezuela. Conforme o jornalista Mateus Coutinho, de O Globo, a facção gerencia os negócios de dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista.
ISENÇÃO DE IPVA
A deputada Alessandra Campêlo (MDB) diz que ficará de olho para assegurar o cumprimento da lei de isenção do IPVA para ônibus alternativos e executivos. O benefício está implícito em uma de suas emendas aprovadas na Lei Orçamentária Anual de 2018.
INDENIZAÇÕES
Segundo o jornal Estado de São Paulo, pouco mais de 6 mil juízes brasileiros abocanharam R$ 211 milhões em pagamentos retroativos de benefícios e indenizações em dezembro de 2017. Sem falar no auxílio-moradia, auxílio-alimentação e auxílio-saúde.
AUTONOMIA DA PF
Em entrevista a Rádio Tiradentes, na manhã de ontem, os delegados federais Marcelo Dias e Wesley Aguiar defenderam a autonomia da Polícia Federal e elogiaram a criação do Ministério da Segurança Pública para melhor combate ao crime organizado e à corrupção no País.
ASSUNTOS: anonimato, MP, sexo
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.