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Ao menos R$ 2,4 bilhões 'desapareceram' da saúde nos últimos 15 anos no Amazonas


Por Raimundo de Holanda

16/10/2017 21h22 — em
Bastidores da Política



Nos  últimos 15 anos  anos ao menos  R$ 2,4 bilhões  foram desviados da saúde`no Amazonas, seja em contratos superfaturados com organizações sociais, seja no sobrepreço de material  hospitalar. Por enquanto são estimativas de desvios de recursos  de um setor vital, sob investigação do Ministério Público Federal.

A grana começou ser drenada com a entrada  das ongs no sistema e com o governo terceirizando serviços. Os contratos com cooperativas, que nem sempre prestam os serviços que dizem oferecer, somam hoje R$ 300 milhões, uma fortuna drenada, em parte,  para o bolso de empresários inescrupulosos.  O caso se agravou em 2015, depois que a Assembleia Legislativa aprovou, a toque de caixa, lei permitindo que organização sociais, como o Imed, administrassem os hospitais do Estado, o que permitiu, direta ou indiretamente a instalação de uma rede de corrupção, via contratos fraudulentos ou superfaturados. 

Hoje , os contratos com essas organizações chegam a 200, onde nem sempre os serviços  são prestados e os oferecidos são de péssima qualidade, mas a um custo muito alto.

O caso envolvendo o Imed e o governo interino de David Almeida é só a ponta  de um iceberg, que se  continuar emergindo vai fazer muita gente boa, especialmente políticos ligados a essas organizações sociais, gelar até a alma. 

Voto dos pms

 Na ‘corrida’ para 2018, a deputada Alessandra Campêlo entrou na concorrência com os colegas Cabo Maciel, Platiny Soares e Donmarques Mendonça, pelos votos dos policiais civis e militares.

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Ontem ela levou o presidente da Apeam, Gerson Feitoza, para uma audiência com o secretário de segurança Bosco Saraiva, antecipando reivindicações ao governo.

Rompimento é veneno

Pelo andar da carruagem, os boatos de ‘rompimento’ entre Amazonino e o senador Omar Aziz não passam de veneno jogado ao vento. Na viagem que o governador fará aos EUA, para negociar com o BID, a presença de Omar é dada como certa na comitiva.

Manaus como exemplo

O prefeito  Arthur Neto foi a atração do seminário  “Compromisso com a Gestão Fiscal”, que a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro vem realizando. Manaus foi tomada como exemplo para as demais cidades do País em razão das austeridade que levou a administração municipal ao equilíbrio financeiro. 

Durante a palestra,  Arhur  destacou as ações que fizeram de Manaus a primeira entre as capitais brasileiras que mais atendeu as exigências da LRF no ano de 2016., entre elas, a melhoria na qualidade dos gastos públicos, graças a um regime fiscal responsável, com redução das despesas de custeio, em especial as administrativas, e a priorização dos investimentos da cidade.

Sem perdão

A Câmara de Vereadores do município de Amaturá acatou o parecer do Tribunal de Contas do Amazonas que desaprova as contas do ex-prefeito João Braga, relativas a 2014. Pelo menos 21 irregularidades consideradas de natureza grave foram apontados pelo TCE/AM e ratificados pelo legislativo municipal. Gastos de combustíveis sem a devida comprovação da legitimidade e contratação temporária sem processo seletivo estão entre os motivos.

Parintins em crise

Considerando a perda de receita e as irregularidades praticadas pelo ex-prefeito, o prefeito de Parintins, Bi Garcia, justificou e assinou um decreto suspendendo todas as festividades que aumentem o endividamento do município até o final do ano. Somente dois eventos permanecerão no calendário para realização: o aniversário de 165 anos de Parintins e o Réveillon.

Procura-se um banco

Tapauá decidiu prorrogar a abertura do pregão que busca contratar um banco para prestar serviços com exclusividade para folha de pagamento e outras movimentações financeiras da municipalidade. O contrato será de cinco anos e o pregão será aberto dia 27 de outubro, às 15h. Em Tapauá existe uma agência do Bradesco e o Banco do Brasil via Correios.

Relator em Manaus

O deputado federal Luiz Carlos Hauly, relator da reforma tributária em tramitação no Congresso, vai estar hoje em Manaus para uma palestra na Fieam sobre “Reforma Tributária: riscos e oportunidades. E a Zona Franca de Manaus”?

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.