Em 2006, durante a campanha eleitoral, quando o escândalo do ‘mensalão’ atingia em cheio o então presidente Lula, candidato à reeleição, o ex-governador Amazonino Mendes dizia a amigos numa reunião de campanha que não acreditava que Lula fosse um homem corrupto. “O Lula é um bonachão, ele gosta mesmo é de tomar pinga com os amigos, não acredito que ele faria uma coisa dessas”. Agora, quando a Operação Lava Jato investiga ligações de Lula com os escândalos no governo, descobriu-se que Amazonino tinha razão numa coisa: Lula é mesmo um tremendo ‘pinguço’. Para o sítio em Atibaia, que ele diz que usa para descanso em fins de semana, Lula mandou em sua mudança do Palácio do Planalto para lá, um carregamento com 37 caixas de bebidas. Detalhe: eram caixonas de transportadora. E o transporte foi pago pelo governo.
 
  ZIKA NÃO É BICHO PAPÃO
 
Sorridentes e esbanjando simpatia com o povo e principalmente com a mídia, as principais autoridades do governo federal foram ontem às ruas de 23 capitais brasileiras para ‘puxar’ a campanha “Zika Zero”. Na gíria popular, ‘fizeram a festa’ para mostrar ao Zika que ele não é nenhum bicho-papão e que a equipe de governo que não soube administrar o país, conduzindo-o ao ‘atoleiro’ dos escândalos de corrupção, sabe vencer qualquer crise ou epidemia com um aperto de mão e um abraço de político em ano eleitoral. Aliás, aproveitando a campanha, a maioria dos figurões políticos do governo aproveitou para mostrar as caras em seus Estados natais. Outros, não tão à vontade para encarar seu povo, trocaram de destino com outros colegas.
 
BRAGA RECONHECE...
 
Mesmo tendo sido deslocado para Porto Alegre,   o ministro Eduardo Braga na abertura da campanha gaúcha lembrou  que já foi prefeito de Manaus e governador no Amazonas, e reconheceu que o Estado há anos enfrenta doenças endêmicas como a malária e a dengue.
 
SEM RADICALISMO
 
O advogado Marco Aurélio Choy, novo presidente da OAB Amazonas, mudou o tom de radicalismo da campanha que entidade pretende lançar nas eleições municipais deste ano. Choy definiu a ação da entidade no combate à corrupção eleitoral, especialmente ao chamado ‘caixa2’ de campanha, em duas vertentes, a da denúncia e a da conscientização da sociedade. Membros mais radicais da OAB, que supostamente atuam na defesa ou como colaboradores de políticos de oposição, queriam uma campanha mais dura de ‘fiscalização’. Choy optou pelo bom senso.
 
VOTOS CONTRA
 
Oito deputados e um senador de oposição, integrantes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, já apresentaram um voto conjunto contrário ao parecer do relator do processo, senador Acir Gurgacz, que aprovou, com ressalvas, as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014. O voto é pela reprovação. Os votantes esperam que os demais colegas do colegiado da comissão acompanhem seu voto na votação agendada para 6 de março.