Compartilhe este texto

Amazonino corre atrás de um sonho


Por Raimundo de Holanda

28/10/2017 18h59 — em
Bastidores da Política



Em seu terceiro mandato no governo do Amazonas, quando defendia o direito constitucional da Zona Franca junto ao STF, Amazonino Mendes chegou a lançar a ideia de unir os governadores regionais pela autonomia da Amazônia.

Anteontem, na abertura do Fórum de Governadores da Amazônia, no Acre, voltou à carga defendendo o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

“Sempre sonhei lá atrás com essa unidade da Amazônia”, publicou ontem nas redes sociais, lembrando o passado, quando chegou a pensar em separatismo diante do descaso do país.

Em dezembro de 1989, discursou na Academia de Ciências de Estocolmo, prometendo ampliar as áreas de reserva florestal no Amazonas, mas cobrando a retribuição dos países ricos.

A mesma posição que pretende adotar em dezembro, durante a reunião da COP23, na Alemanha, exigindo compensação pela preservação da floresta.

Quando saiu do terceiro mandato, em 2003, deixou o Amazonas com 92% sua floresta preservada, embora não tivesse as compensações prometidas.

MARCELO NA MINHA CASA

Na tentativa de limpar a imagem o ex-candidato a vice de Eduardo Braga, Marcelo Ramos, decidiu visitar seus eleitores e explicar o motivo de ter ajoelhado no milho. Em sua fanpage chegou até a divulgar um número de telefone para as pessoas pedirem sua visita. Para quem quiser marcar a visita o telefone é (92) 98134-0020.

AS PEDRAS DE JOSUÉ

Josué Neto tem estado bastante reflexivo nos últimos dias após ver a liderança da maioria na Aleam ser confiada a Vicente Lopes e não a ele como estava previsto. Apesar de ter exposto a imprensa seu descontentamento com a decisão de Dermilson Chagas, líder do governo, disse que permaneceria apoiando Amazonino. Porém deixou um enigma em suas redes sociais através de um provérbio chinês: “O homem que move montanhas começa carregando pequenas pedras”. Neto já foi presidente da Aleam e chegou nesse posto carregando “pequenas pedras”. O que virá agora?

DORIA E O POVO

O prefeito de São Paulo João Doria está com sua pré-campanha a presidência a todo o vapor. E já tem data para vir a Manaus: dia 8 de novembro, uma quarta-feira. Mas Dória não quer papo com o povo. Não nesse primeiro momento. Deverá participar de um almoço reservado a 200 empresários no Sesi Clube do Trabalhador. No dia que vier conversar com o povo, talvez ofereça um almoço também. Só que a base de ração, sua especialidade para os mais pobres.

BRAGA PREGA UNIÃO

Governador duas vezes seguidas, Eduardo Braga sabe da importância estratégica do polo de concentrados, agora sob forte ameaça face a decisão do Ministério da Fazenda em alterar o enquadramento da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Por isto, corre contra o tempo para unir esforços com a bancada amazonense para reverter a decisão. As empresas que fabricam o extrato de concentrados de refrigerantes são as que mais empregam no Amazonas, perdendo apenas para o setor de duas rodas e eletrônicos.

VANESSA TEM RAZÃO

Na entrevista que concedeu  ao Portal do Holanda, a senadora  Vanessa  Grazziotin disse não entender como é que o presidente Michel Temer, mesmo contando com a maioria dos votos da bancada de deputados amazonenses, ataca as indústrias de bebidas concentradas no Amazonas. Realmente não faz sentido.

IGNORADO E IRRITADO

Solenemente ignorado em seu pedido de informações sobre contratação de pessoal pelo TCE, por meio de convênio com a agência AADES, o deputado José Ricardo ingressou ontem com uma representação no MPE denunciando o presidente Ari Moutinho.

@@@

Zé Ricardo alega descumprimento à Lei da Informação (LF nº 12.527/2011), desde fevereiro do ano passado, quando fez a solicitação.

PAÍS SEM EDUCAÇÃO

No artigo “Falta de educação resulta em corrupção”, divulgado ontem, o reitor da faculdade Uninassau, Janguiê Diniz afirma que no setor de educação, ela é capaz de limitar a acumulação de capital humano e, a longo prazo, afetar toda a estrutura de desenvolvimento da sociedade. 

@@@

É o que está se vendo no Brasil, onde a falta de capital humano qualificado ética e moralmente levou o país a um crise política sem precedentes.

 

Siga-nos no

ASSUNTOS: amazônia, amazônida, Amazonino

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.