Amazonino ataca corrupção ao restringir uso de atas
A decisão do governador Amazonino Mendes de suspender a vigência das atas de Registro de Preços no governo, não extingue a Coordenadoria de Compras e Contratos Governamentais no âmbito da Secretaria de Fazenda, mas retira da CCGOV um poder que era excessivo. Os vícios que esse poder produziu criaram as distorções que resultaram na “Maus Caminhos”. Amazonino não eliminou em definitivo o uso das atas, que são saudáveis para as compras licitadas, mas teve o mérito de buscar ‘estancar’ práticas nocivas e atacar o desvio de dinheiro público.
Se a medida não agradou aos grupos que já ocuparam o poder, e ontem esbravejaram no parlamento, cabe aos órgãos de controle investigarem a razão ‘oculta’ desse descontentamento.
DIREITO DE RESPOSTA
Da assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal, recebemos a seguinte nota sobre o post : Melo, 'vulgo professor", que abriu a coluna de ontem :
"Bom dia, Holanda. Apenas para esclarecer a informação veiculada em sua coluna sobre a citação de José Melo na denúncia do MPF como “vulgo professor”.
Trata-se de uma das alcunhas pelas quais o réu era tratado pelos demais integrantes da organização nos diálogos interceptados pela investigação, e não de um apelido inventado pelo MPF. Como há diversas citações a essa alcunha nos diálogos interceptados, a peça de acusação precisa identificar os réus por todos os nomes ou codinomes que aparecem na investigação, de modo a demonstrar à Justiça de quem se está falando no diálogo."
TABULEIRO POLITICO
As movimentações de bastidores se encaminham para mexidas significativas no tabuleiro político. Uma delas indica que o governador Amazonino já está assumindo o comando das ações políticas. Outra, que o governador poderá ter Eduardo Braga na chapa ao Senado.
DEPUTADO MAGOADO
O deputado Augusto Ferraz mais uma vez expôs sua mágoa com o veto do governo a um projeto sua autoria. Ele votou com a oposição na derrubada do veto de Amazonino ao projeto de lei de Sabá Reis, que dá o nome de Elias Assayag a um ginásio poliesportivo de Parintins.
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Sidney Leite aumentou a vantagem oposicionista.
SÍTIO RAMSAR
De acordo com o deputado Dermilson Chagas (PEN), a transformação do Rio Negro em sítio Ramsar, como pretende o Ministério do Meio Ambiente, não oferece nenhuma contrapartida ao Estado do Amazonas cujo governo ficará impedido de realizar investimento de qualquer natureza na orla do rio. “Significará investimento zero, até o porto fluvial ficará inviabilizado na área”, disse ele à coluna.
TCU DE OLHO
Com o apoio de governadores e parlamentares, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizará uma auditoria no processo de diluição do controle da Eletrobras, o que pode embaraçar o processo de privatização da empresa. A iniciativa está tirando o sono do Palácio do Planalto.
“ROUBARAM JUNTOS”
Hoje separados, o antigo PMDB e o PT, conforme o deputado Luis Castro (Rede), não podem esquecer que foram parceiros nos piores escândalos de corrupção já ocorridos no Brasil. “Eduardo Cunha e Lula foram as estrelas dessa nefasta parceria, PMDB e PT roubaram juntos”, acusou Castro.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.