Compartilhe este texto

Amazonas apanha por causa de soco em Luiza Brunet


Por Raimundo de Holanda

04/07/2016 23h00 — em
Bastidores da Política



A citação do colunista Ancelmo Goes, do OGlobo, de que “ Lírio Parisotto é filho da política de renúncia fiscal” é pura maldade  de quem vive de subserviência a setores contrários ao desenvolvimento da Amazôniar.  E não pode ficar sem uma resposta dura da bancada do Amazonas, eleita para defender os  interesses do Estado. Parisotto fez fortuna fora da Zona Franca de Manaus, e foi depois disso que implantou sua fábrica Videolar na cidade, não que isso não o tenha ajudado a aumentar seu patrimônio, mas não é uma laranja podre ( como ele)  que vai servir como argumento para desconstruir um modelo de desenvolvimento  importante para  região.

O ERRO DO SENADOR

O erro foi tornar Parisotto suplente de senador pelo Amazonas. É isso, e não os investimentos que fez em sua fábrica no parque industrial de Manaus, que envergonha os amazonenses. A violência que ele praticou contra  a modelo Luiza Brunet  deve ser debitada na conta  de quem, sem consultar os eleitores, lhe deu essa oportunidade: o senador Eduardo Braga, que parece também ter pouco ou nenhum compromisso com a terra que adotou para viver, depois que sua família se mudou do Pará para Manaus.

LEIA TAMBÉM: Bater em mulher dá cadeia, menos para Lirio Parisotto

                          CASO LUIZA BRUNET: Em nota Vanessa e OAB-AM expõem vítima, mas não citam agressor

MANAUS E CURITIBA

Na música de Aldísio e Torrinho, o refrão sobre Manaus diz que Porto de Lenha nunca será Liverpool. E ontem o deputado Luiz Castro falando sobre mobilidade urbana não cantou, mas inovou com a letra “Manaus jamais será Curitiba e nunca seria”. Sem querer ser radical, Castro  argumentou que não se trata de um problema da atual administração, mas um problema que vem de longe. Até mesmo quando município e Estado estão no mesmo alinhamento político há dificuldade na interação. “O Amazonino prefeito e o Omar governador falaram cada um pro seu lado e não saiu nem BRT nem Monotrilho.”

SONHOS DO FUTURO

Aliás, falando em mobilidade, na audiência pública na Assembleia Legislativa uma dupla de engenheiros propôs um projeto pra lá de mirabolante: um veículo híbrido de trem, ônibus e balão dirigível. Não chega a ser um Frankenstein, porém o “Star D” mistura propulsão a hélices, direção de avião e rodas, e pode correr sobre trilhos elevados ou ser adaptado para a água. Dizem os pais da criatura, os engenheiros Olavo Tapajós e Antonio Leão, que ele é mais barato que o BRT e pode correr em velocidade bem superior. O custo de implantação seria algo em torno de R$ 15 milhões/km. Uma ninharia em tempos de crise.

SABINO, O HOMEM DE DEUS

Incluso na lista de inelegíveis nas eleições deste ano, o ex-deputado federal Sabino Castelo Branco não vai mais pecar misturando política com religião. Se tornará pastor da igreja   Ministério Internacional Evangelizando as Nações (MIEN), fundada por ele.

@@@

Em junho de 2010, um jornal apócrifo, intitulado “Pasquim Político”, foi distribuído em Manaus divulgando matérias de periódicos rondonienses apontando o suposto envolvimento do então deputado federal com o tráfico de drogas. O tal “Pasquim” também acusava Sabino de extorsão contra o prefeito de Coari, Arnaldo Mitoso.

@@@

Cuspindo fogo, o parlamentar revelou  indignação através de seu programa televisivo, atacando ferozmente seus detratores. Agora, ele afirma querer paz e viver somente para a caridade como um legítimo homem de Deus.

AMAZONINO AINDA PENSA QUE É GAROTO

Aos 76 anos, o velho cacique Amazonino Mendes ainda pensa que é o garoto universitário impulsionado nas lides da política estudantil por uma mulher excepcional, Tarcila Negreiros. E do alto de sua expertise política mais uma vez mostra que gosta de contar a história a ‘seu modo’, da mesma forma que o presunçoso  se vangloria de suas conquistas. O Negão esquece que tem muita gente que viveu os bastidores da sua época de ouro, e muitos foram ‘largados’ pelo meio do caminho.

Siga-nos no

ASSUNTOS: Amazonas, Eduardo Braga, lei maria da penha, lírio parisotto, Luiza Brunet, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.