Compartilhe este texto

Adail merecia companhia


Por Raimundo de Holanda

03/06/2015 0h22 — em
Bastidores da Política



Agora é o Supremo Tribunal Federal que diz que a prisão do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, foi devidamente fundamentada, frustrando mais uma tentativa da defesa de desconstruir  uma decisão da justiça do Amazonas. O ex-prefeito, acusado do crime de  exploração sexual ( de menores) e favorecimento à prostituição,  foi blindado por amigos e governo  entre 2002 e 2010

Chegou a concorrer e vencer as eleições de 2012, mesmo sendo investigado e preso. A decisão fecha (com ele dentro) a porta do inferno  que se tornou o seu mundo depois que as “autoridades”  que o protegiam  viraram as costas para ele. Se não eram cumplices de seus crimes, foram no mínimo omissas na apuração de fatos  revelados em escutas telefônicas que comprometeriam até membros  do Judiciário.  Adail merece estar preso, mas não merece estar sozinho...

MANAUS PARA OS PELUDOS

A Semana do Meio Ambiente é um bom momento para se discutir as relações dos humanos com os animais domésticos e também com os animais que ficaram sem abrigo devido a derrubada das matas para o avanço urbano. Em Manaus, o mico sauim-de-coleira é um dos mais ameaçados, já que o seu habitat é justamente as matas da cidade. Dezenas deles são mortos toda semana por atropelamento ou por ataques de animais domésticos e de pessoas. Milhares de periquitos morreram ano passado no condomínio Ephigênio Salles vitimados pela falta de consciência ambiental.  

Numa feira de doação de animais domésticos, no final de semana, o prefeito Artur Neto deixou um recado: “O nosso sonho é de construirmos uma cidade para a população e também para os nossos amigos peludos”.

DEMISSÕES CRESCEM NO AM. É A CRISE

A crise econômica está chegando ao setor mais sensível para a população: o bolso. O ajuste fiscal promovido à base de cortes orçamentários e aumento de tributos está colocando o cidadão em cheque. No supermercado e na feira os preços dispararam desde que o governo começou o arrocho. Aqui no Amazonas o resultado é visível na arrecadação. No primeiro trimestre o ICMS caiu 13,2%, o que segundo o secretário Afonso Lobo é resultado da queda na cadeia de consumo.  Sem consumo, as fábricas demitem e o PIM fechou abril com 15 mil demissões no ano (Cieam). Mais da metade do ano passado, quando houve 27 mil demissões no ano todo (Sindmetal).

A crise não é só nossa. Os gregos têm menos de 20 dias para pagar US$ 1,6 bilhão para o FMI. Mas têm apenas 90 milhões de euros em caixa. Desde a crise de 2008 eles não conseguem resolver suas pendências com a União Europeia. E já viraram até piada de mau gosto: “Eles estão falando grego com os líderes europeus”.  

O ABACAXI DO TERMINAL

A discussão em torno do Terminal Pesqueiro de Manaus continua acessa. Enquanto o Ministério da Pesca não toma uma decisão sobre quem vai ficar com o “abacaxi”, e já existe uma tendência de transformar a obra numa concessão pública, até os velhos ditados populares são evocados como exemplo. Ontem numa discussão política saiu um bem típico: “Cachorro que tem dois donos acaba morrendo de fome”.  

NAMORO & INFIDELIDADE

Com sua segunda eleição ao governo do Estado de Mato Grosso e ao Senado conseguidas como filiado ao Partido da República, o senador Blairo Maggi está de namoro firme com o PMDB. A infidelidade, caso se concretize a transferência, deve ser mais sentida pelo presidente nacional do PR, deputado federal Alfredo Nascimento.

REGISTRO SOME

Expressão antiga afirma que “vale o escrito”, mas recibos de pagamento fornecidos em bancos e lojas usam papel térmico que, se exposto à luz, faz desaparecer os registros que deveriam ali constar e o azar é do consumidor. Ccontra isso tem projeto do vereador Samuel Monteiro, na Câmara Municipal de Manaus, para obrigar o uso de papel mais resistente, o que daria maior segurança ao consumidor.

Siga-nos no


Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.