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Acusado por delatores, Braga terá que rever projetos para 2018


Por Raimundo de Holanda

14/04/2017 21h16 — em
Bastidores da Política



O senador Eduardo Braga é o politico do Amazonas mais prejudicado pelas delações do Odebrecht. Ele será investigado em inquérito que apura corrupção passiva,corrupção ativa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa. Se o tempo médio de julgamento do STF nas ações penais movidas contra politicos processados - 1.536 dias - for mantido,  Braga será inocentado ou condenado  em meados de 2020. Por isso a  eleição do próximo ano é vital para ele. Mais importante do que se eleger governador ou se reeleger senador, ou  ainda  tentar uma vaga de deputado federal,  está a busca de manter o foro de prerrogativa de função, ou no caso as ações eventualmente movidas contra ele no Supremo. Sem foro de prerrogativa - seu mandato de senador encerra em 1.º  de janeiro de 2019 - os processos baixariam para o juiz Sérgio Moro, ou menos provavel, para a Justiça Federal no Amazonas. 

O pesadelo de Braga não se restringe a Odebrecht, com quem diz não ter tido nenhuma relação, institucional ou não.  As delações da Andrade Gutierrez sequer  foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal. Elas são mais sérias do que a da Odebrecht. Delatores da construtora disseram que havia um conluio com Braga que durou seus dois governos no Amazonas, e que a quantia paga pela construtora era  de 10% sobre o valor de cada obra da empreiteira no Estado. Ao longo de 8 anos Braga teria, segundo os delatores,  recebido R$ 30 milhões.Outro politico acusado por executivos da empreiteira é  Omar Aziz, que também virou  alvo da Lava Jato. Tanto Braga quanto Omar negam ter recebido dinheiro da construtora.

AUTORIDADE DO TCE
 
A decisão monocrática da relatora das contas da SMTU no TCE, Yara Lins dos Santos, que manteve o aumento no preço da passagem de ônibus em Manaus de R$ 3,30 para R$ 3,80,  tirou o deputado Dermilson Chagas do sério. “Acho que se fechasse o Legislativo não haveria nenhum abalo na sociedade, porque nós não estamos mais legislando de verdade, o TCE, que é um órgãos auxiliar da Assembleia, tem mais autoridade para legislar do que nós.”

QUEDA-DE-BRAÇO

Com a queda nas vendas, os empresários da Eletros querem mais incentivo fiscal do governo para continuar produzindo. Com cinto ‘apertado’ pela queda na arrecadação estadual, o governo quer mais tributos para sustentar  sua máquina. As duas situações podem resultar em união de interesses ou num impasse para o setor de eletroeletrônicos da ZFM. 

ZÉ RICARDO EMPOLGADO

Com onze assinaturas, a CPI do Combustível, de autoria do deputado José Riacrdo (PT), deve prosperar na Assembleia Legislativa na próxima semana.
As empresas de transporte, alvos da CPI, são acusadas de vender para o “mercado clandestino” combustível obtido à custa de incentivos fiscais do Estado.

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ASSUNTOS: Eduardo Braga, Omasr Aziz

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.