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Action e Ibope: Tudo igual. Mas não estranhe. 'Pesquisa é ciência...'


Por Raimundo de Holanda

24/08/2016 23h29 — em
Bastidores da Política



A Action e o Ibope criaram uma fotografia do momento eleitoral na qual o cenário é o mesmo: os números são idênticos, considerando a margem de erro de 3% para mais ou para menos. E há curiosidades na comparação das duas pesquisas. Henrique, Silas e Hissa então embolados com 8 pontos.  A Pesquisa Action foi realizada entre os dias 15 e 17, enquanto a do Ibope nos dias 20 e  23, quando se esperava um novo quadro pelo simples fato de os  candidatos terem colocado um exército de cabos eleitorais nas ruas. 

Clique aqui e confira os números da Action    

Clique aqui e confira os números do Ibope

 Um neófito  pode achar essa semelhança de resultados estranha e suspeita, mas quem entende de pesquisa diz que se trata de uma ciência, com sua complexidade, seus cálculos, sua base metodológica.  E o estatístico é quase um Deus, porque a pesquisa que ele assina está  associada a um determinado nível de confiança e a uma margem de erro. Se ele admite que no seu trabalho há a um só tempo margem de erro e confiança, é porque para contestar seu resultado é necessário entrar em um mundo de calculos pouco conhecido. (RH)

 BRAGA ACUSADO DE AFUNDAR SETOR ENERGÉTICO

Diante do ‘esquecimento’ da oposição de quem ‘afundou’ o setor energético do país, o líder do governo David Almeida deu resposta dura às críticas ao governador José Melo pelos desmandos da Amazonas Energia no interior do Amazonas. “Quem colocou a diretoria da empresa, que está promovendo esses ‘desmandos’, foi o senador Eduardo Braga”. David também respondeu a outros questionamentos, dizendo que o Estado continua trabalhando com a receita se adaptando a cada montante mensal de arrecadação. “E mesmo assim é um dos quatro Estados do país que vem mantendo o equilíbrio fiscal e foi premiado pelo Tesouro Nacional por sua eficiência nesse quesito”.

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O vice-líder Sabá Reis saiu em socorro do colega levantando um questionamento. “O Melo foi no governo do Braga uma espécie de primeiro ministro; no do Omar exerceu a mesma função; agora, não serve mais para governar o Amazonas, mesmo governando bem num momento muito mais difícil”.

AI DA DILMA

O Senado abre hoje o processo de julgamento do impeachment da presidente Dilma, previsto para durar seis dias, com a votação final prevista para 31 de agosto. A luta da sociedade para tirar a presidente do poder já dura três anos, desde os primeiros protestos de rua em 2014. Na sua campanha pela reeleição, Dilma aplicou o chamado ‘estelionato eleitoral’, quando escondeu a real situação de crise econômica no país e promoveu ‘pedaladas fiscais’ para sustentar a meta fiscal do ano. A rejeição das contas da presidente pelo TCU oficializou o crime de responsabilidade e ensejou o pedido de impeachment.

O pedido veio de três cidadãos comuns, os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale e a advogada Janaina Paschoal, e ganhou força no confronto político entre Dilma e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Hoje os senadores começam a ouvir testemunhas e na segunda-feira Dilma vai pessoalmente fazer sua defesa no plenário.

DE OLHO NAS DOAÇÕES

A Polícia Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já iniciaram suas perícias preliminares sobre doações eleitorais feitas aos candidatos que disputam as eleições para prefeituras e câmaras de vereadores.

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Cada coligação tem até 72 horas de prazo para informar a Justiça Eleitoral o recebimento de doações, detalhando a fonte. Em caso de irregularidades, os dados serão cruzados por técnicos especializados a fim de flagrar movimentações suspeitas.

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Antes esse processo sô ocorria depois de encerrados os pleitos eleitorais.

 

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.