TJAM e CMM discutem criação de cursos a adolescentes infratores
Adolescentes participantes do projeto terão idade superior a 16 anos, precisam estar matriculados numa instituição regular de ensino e, no caso dos infratores, que só estejam respondendo a um crime, e, no caso dos acolhidos, que estejam numa unidade acolhedora cadastrada.
A presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Desembargadora Graça Figueiredo, e a juíza-coordenadora das Varas da Infância e Juventude, Rebeca Mendonça, receberam o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Wilker Barreto, na manhã desta sexta (24), na sede da coordenadoria, no Fórum Henoch Reis, em Manaus.
Durante a reunião, foi discutida a criação de um projeto para que a Escola do Legislativo da CMM ofereça cursos profissionalizantes para menores acolhidos em abrigos parceiros da Vara da Infância e Juventude Cível e menores infratores envolvidos com a Vara da Infância e Juventude Criminal.
A ideia é que entidades como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) também sejam chamados para contribuir com o projeto.
A previsão inicial é que 20 adolescentes sejam contemplados por mês, a partir do segundo semestre deste ano. Para a desembargadora-presidente, a iniciativa é importante para poder ajudar na recuperação dos menores.
"Precisamos trabalhar como sociedade no sentido de dar oportunidade às nossas crianças para que elas tenham perspectiva e que não sejam presas fáceis daqueles que só esperam uma oportunidade para desencaminhá-las. O Poder Judiciário não pode abrir mão de fazer todo o necessário para ajudar nossa juventude", afirmou Graça Figueiredo.
Já o vereador Wilker Barreto ressaltou que a Câmara está à disposição para parcerias que resultem numa agenda positiva à sociedade.
"Daremos o aporte financeiro necessário para contribuir para a formação e reintegração de 120 jovens, que na verdade serão 120 famílias beneficiadas ainda este ano. Vamos procurar as entidades de classe como Fieam (Federação das Indústrias do Amazonas) e CDLM (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus) para que essas demandas de qualificação sejam casadas com as de mercado. Vamos treinar os jovens de acordo com aquilo que o mercado necessita. Daremos a este jovem uma segunda oportunidade", explicou Wilker.
De acordo com a juíza Rebeca Mendonça, os adolescentes participantes do projeto terão idade superior a 16 anos, precisam estar matriculados numa instituição regular de ensino e, no caso dos infratores, que só estejam respondendo a um crime, e, no caso dos acolhidos, que estejam numa unidade acolhedora cadastrada.
ASSUNTOS: Amazonas