“Salário de servidores da Suframa é direito inegociável”, afirma Wilson Périco
Aprovada no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, a Medida Provisória 660/14 – que equipara a remuneração dos servidores da Suframa com a dos demais funcionários públicos federais – depende agora da sanção da presidente Dilma Rousseff.
Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Wilson Périco, o modelo recolhe aos cofres federais mais de 50% da riqueza produzida na Zona Franca de Manaus (ZFM), e são os servidores da Suframa quem gerenciam este modelo, transformado pela União em polo exportador de recursos.
“A defasagem salarial e a disparidade dos vencimentos destes servidores com relação a outros colaboradores do mesmo Ministério, o do Desenvolvimento, são distorções inaceitáveis e a presidente Dilma tem a chance de recompor direitos e reconhecer a dedicação histórica dos funcionários”, declarou.
Périco lembrou que há 15 anos, desde que as taxas da Suframa foram alvo de nova regulamentação, esses recursos foram progressivamente confiscados, ora para compor o superávit primário, ora para financiar, através do BNDES, projetos alheios à Zona Franca de Manaus.
Ainda segundo o presidente da entidade, nesse meio tempo o salário dos servidores foram depreciados sem reposição justa. “O mesmo confisco tem sido feito com as verbas destinadas à pesquisa e desenvolvimento, recolhidas pelas empresas de informática. São mais de R$ 4 bilhões nos últimos 10 anos.
Ainda hoje, as indústrias se ressentem dos prejuízos decorrentes das paralisações dos movimentos grevistas da Suframa, a homologação da MP 660 é um direito inegociável”, concluiu.
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