Reordenamento na saúde deve ser suspenso por 90 dias
Manaus/AM - O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) juntamente com o Ministério Público Federal(MPF) fizeram uma recomendação ao Governo do Amazonas para que suspenda por 90 dias, o reordenamento na rede pública de saúde. Os órgãos pedem que seja elaborado um estudo detalhado para avaliar a efetividade e medida da redução de recursos públicos na implantação da proposta.
O MPF e MPE verificaram que não foi elaborado um estudo prévio sobre os contratos com as empresas terceirizadas para prestação de serviços nas atividades-meio e fim da saúde. A análise pode resultar em redução de custos sem a necessidade de afetar o atendimento.
O adiamento da adoção de medidas concretas do reordenamento, conforme aponta o documento, é necessário para garantir ampla discussão e difusão de informações corretas envolvendo a população do Estado, já que muitos participantes da audiência pública, realizada na última terça-feira(21), demonstraram total desconhecimento do real impacto das medidas apontadas pelo governo.
MPE e MPF notificam Prefeitura
A recomendação menciona ainda que a retomada de tratativas para a municipalização dos serviços de atenção básica pelo município de Manaus, um dos encaminhamentos da audiência, também deverá gerar impactos no reordenamento proposto pelo Estado, reforçando a necessidade de adiar a implementação das medidas apontadas.
O Estado do Amazonas tem dez dias para informar ao MPF/AM e ao MP/AM sobre o acolhimento da recomendação e deverá ainda enviar relatórios quinzenais sobre o andamento do estudo para possível redução de custos em contratos. O estudo deverá ser acompanhado pela Procuradoria Geral do Estado, que deve analisar juridicamente os contratos em vigor.
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