Deputado critica valor do Bolsa Família
O deputador Sidney Leite avaliou que a campanha eleitoral está sendo antecipada, uma vez que partidos políticos discutem quem implantou o programa Bolsa Família. Segundo ele, tanto o governo quanto a oposição se intitulam em ser “o pai da criança, ou seja, o autor do cadastro que criou o programa bolsa família”.
Ele criticou o Governo Federal por tentar criar uma “falsa imagem do valor necessário para uma família adquirir os bens necessários para sua alimentação”, e afirmou que a Fundação Getúlio Vargas, que é, também, órgão do governo, diz que são necessários R$ 193,00 para uma pessoa viver acima da linha de pobreza durante um mês, enquanto o governo diz que bastam R$ 70,00. “Imaginem, então, uma pessoa que mora nas comunidades indígenas do interior ou famílias que residem em comunidades distantes dos centros urbanos? Quantos necessitariam receber para saírem da linha de pobreza?”, indagou ele.
Leite garantiu que os indígenas não têm condições de receber esse valor, porque necessitam de tempo e de dinheiro para se movimentarem de suas comunidades para os locais onde o valor da bolsa lhes será pago. “Quando eles chegam a esses locais, já gastaram quase tudo só no deslocamento”, disse ele, pedindo ao Governo Federal que reavalie esse problema, pois “não se pode tratar desiguais com igualdade”.
Leite também criticou o Governo Federal pelo não cumprimento dos prazos para a implantação do programa Luz Para Todos, uma vez que o Amazonas é o terceiro estado do Brasil que mais sofre problemas no setor. “Segundo pesquisas, no Amazonas temos 90 mil famílias sem luz elétrica e o governo federal sabe que o prazo para a implantação do projeto está acabando e não faz absolutamente nada”.
Segundo ele, o Governo Federal não pode, infinitamente, ficar retirando dinheiro dos estados e municípios sem implantar as políticas públicas necessárias para o andamento do abastecimento de energia elétrica e de água para o país.
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