“Fui contra e sou contra a Reforma Trabalhista. A votação de ontem (11) foi um reflexo desse Governo e desse Congresso que é formado por empresários, portanto, a maioria dos senadores votou em defesa dos seus interesses”, disse o deputado estadual José Ricardo Wendling (PT), nesta quarta-feira (12), durante a Sessão Plenária da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), em virtude da aprovação da Reforma Trabalhista pelo Senado Federal, que retirou direitos dos trabalhadores brasileiros.

Segundo José Ricardo, o Amazonas está vivendo um dos maiores períodos de violência. Acontece nas escolas, no transporte coletivo, nos bairros, bem como vivendo um sério problema na educação, como é o caso da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que não tem recursos e foi sucateada por um Governo que está há mais de 35 anos administrando o Estado e que quer voltar a governar o Amazonas. A mesma coisa, segundo o petista, acontece em nível nacional. Deram um golpe que gerou a maior crise no país, com o maior índice de desemprego dos últimos 12 anos, causado pelo PSDB e pelo PMDB.

“A aprovação da PEC da Reforma Trabalhista foi um dos maiores golpes contra o trabalhador. O golpe não foi contra a presidenta legítima Dilma Roussef, mas contra a população brasileira. Todos os deputados federais e senadores, com exceção da senadora Vanessa Grazziotin, golpearam o país, pois votaram meses atrás a favor do congelamento dos gastos públicos, por isso, falta dinheiro para saúde, para educação e para segurança. Isso é resultado do golpe causado por alguns políticos que ainda querem continuar governando o Amazonas, mesmo depois de terem deixado o estado em péssimas condições”, disse José Ricardo, lembrando que o próximo golpe contra população será a Reforma da Previdência, que atingirá diretamente a vida e o futuro do povo brasileiro.

Ele disse também que a maioria do Congresso Nacional é formado ou financiado por empresários, portanto, eles representam e defendem os interesses do empresariado brasileiro, por isso, deram o golpe para colocar na presidência Michel Temer. E como exemplo citou Eduardo Braga que, até ontem, apoiava as propostas desse grupo e que votou a favor da Terceirização, do congelamento dos gastos públicos e foi a favor do Golpe. “No entanto, agora se mostrou defensor dos direitos dos trabalhadores, votando contra a Reforma Trabalhista, que traz com ela uma lista enorme de retrocessos que prejudicam os trabalhadores brasileiros e não trazem nenhum benefício”.