Polícia não descarta que morte da advogada de Marcelo Piloto foi queima de arquivo
RIO - A Polícia Nacional do Paraguai não descarta nenhuma hipótese no assassinato da advogada argentina Laura Casuso, nem mesmo uma possível queima de arquivo. A afirmação foi feita pelo comandante da corporação, o comissário-geral Bartolome Gustavo Báez Lápes, durante uma entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, conforme noticiou o jornal paraguaio "ABC Color".
A advogada, que defendia os traficantes brasileiros Jarvis Chimenes Pavão e Marcelo Fernando Pinheiro veiga, o Marcelo Piloto, foi morta na noite de segunda-feira com vários tiros de pistola em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã (MS).
De acordo com a polícia, a advogada foi a responsável por convocar a imprensa para um encontro com Marcelo Piloto no quartel onde o narcotraficante está preso, no último dia 5. Na ocasião, Piloto denunciou a ligação de policiais com o crime organizado. O traficante disse estar pagando por proteção ao comissário de polícia Abel Cañete. A acusação gerou uma crise na polícia daquele país.
Durante a entrevista desta terça-feira, o comandante defendeu Cañete da acusação, mas não descartou a queima de arquivo como uma hipótese para o assassinato do advogado. O comissário Cañete, que também estava presente, negou aos repórteres ter qualquer ligação com organizações criminosas.
O comandante da polícia também sugeriu que os pistoleiros que mataram a advogada não são profissionais, por causa da maneira improvisada que agiram, cobrindo o rosto com uma camisa e usando pistolas em vez de armas de guerra.
Os criminosos usaram uma Toyota Hilux roubada no Brasil para cometer o assassinato, o que levou os investigadores a acreditarem que os executores seriam brasileiros. Algumas fontes ouvidas pelo jornal "ABC Color" sugeriram que os executores são policiais.
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